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Artigos-->LU-LALAH - Tá Pra Lá de Bagdá -- 08/12/2003 - 16:33 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


LU-LALAH, Tá pra lá de Bagdá

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





O caixeiro-viajante

O mascate brasileiro

Lu-lalah não faz por menos

Viajando o mundo inteiro

Ganhou fama de cigano

Onde chega abra o pano

Monta logo o picadeiro



É garoto propaganda

Negociador de respeito

Vende esperança por metro

Para tudo dá um jeito

É bom em vender e comprar

E na arte de pechinchar

É o mascate perfeito



Mas as viagens do Lula

Tem muitas finalidades

Turismo e conhecimento

Passeios pelas cidades

Cultura e religião

Comércio e exportação

Entre outras novidades



Na Síria, primeira parada

Discursou o presidente

A favor dos Palestinos

Fez defesa consistente

Comprou briga com Israel

Registro aqui no cordel

A imprensa não desmente



Um tiro pela culatra

O discurso de improviso

Na Síria há ditadura

Faltou, portanto, juízo

O Brasil tá desarmado

Israel tem mais soldado

Fica o aqui o meu aviso



Não provoque inimizade

Sem exército preparado

A marinha, nem se fala

Entrou água no calado

E até na aviação

É ruim a situação

Avião enferrujado



A visita acontecendo

É melhor mudar de assunto

Apostar mais no passeio

Ou a gente morre junto

Assim fez o presidente

Calado, fez-se silente

Como se fosse um defunto



Em Damasco, a capital

Palácio de Azum visitado

A mesquita de Omíades

Todo mundo admirado

Mausoléu de Saladino

Conquistador paladino

De Damasco, encantado



Ritual religioso

Cântico da veneração

Na mesquita de Omíades

O Maulaiah, a canção

Homenagem a Maomé

Segundo o preceito da fé

Centrada na religião



Da antiga cidade de Meca

Teria o profeta fugido

Pra cidade de Medina

Onde foi bem recebido

Com a canção muçulmana

Lá foi feita a sua fama

Do profeta tão querido



Depois, nosso presidente

Foi direto ao mercado

Recebeu os cumprimentos

Pelo povo assediado

Encerrando a visita

Da Síria, pegou a pista

E partiu pro outro lado



Segunda parada em Beirute

Cidade bem original

Primeiro passeio agendado

A um sítio principal

D’antiga civilização

A Fenícia, na região

Bem perto da capital



Byblos é o seu nome

Ali a linguagem nascia

Berço da palavra escrita

O papel se negocia

O papiro é conhecido

Fez-se o livro mais vendido

Até hoje em nosso dia



A Bíblia é consagrada

O Livro de todo cristão

Assim surgiu a palavra

Biblioteca, coleção

Tesouro da arqueologia

Mundo cheio de magia

Tempos que lá se vão



Lula no túnel do tempo

Faz as suas caminhadas

Viu castelos em ruínas

Da época das Cruzadas

Blocos de pedras enormes

Fortalezas já disformes

Pelo tempo desgastadas



Vê-se o mar mediterrâneo

De tantas lutas travadas

Século doze revivido

Águas ensangüentadas

Soube o nosso presidente

Uma história diferente

De muitas vidas ceifadas



Lá se vai o presidente

Da Síria para o Emirado

Lembrando de algum problema

Que no Brasil foi deixado

Mil noites em pensamento

Não vê a hora, o momento

De voltar pro seu reinado



Abu Dhuabi, a capital

A mais moderna do oriente

De todas dos Emirados

O local mais influente

Fim do extenso roteiro

O foco agora é dinheiro

Assim pensa o presidente



Capital da economia

Do investimento estrangeiro

Local de muito negócio

De interesse brasileiro

Até o seu presidente

É um “xeque” diferente

Do cheque bem brasileiro



Ironia do destino

Lá, cheque sempre tem fundo

Fundo bem atapetado

Mas deste lado do mundo

Nosso cheque é voador

E quase não tem valor

Quase nunca é compensado



Nem que se apele pro gênio

Da lâmpada de Aladim

Prometendo pagar juros

Cá no Brasil é assim

Cheque não é garantia

Volta da noite pro dia

Numa viajem sem fim



Cidade sede do evento

Empresarial brasileiro

Junto ao país visitado

Feira de apresentação

Do que pode ser trocado

Assim foi dito pra gente

Entre o Brasil e Oriente

O que será exportado



Produto é o que não falta

No Brasil tem um bocado

Abacaxi e pepino

E salário congelado

Reforma da Previdência

Muita empresa em falência

E muito desempregado



Sacos de batata quente

Imposto pra todo lado

Reforma Tributária

Reclama o empresariado

Juro alto garantido

Investimento contido

O Brasil está parado



Tem muito CD pirata

E tem celular clonado

Brinquedos para o Natal

Tudo contrabandeado

Tem até Papai Noel

Vou dizer neste cordel

Com salário atrasado



Mas a festa continua

Segue o ritmo normal

Apresentando os produtos

Do segmento cultural

A riqueza brasileira

É mostrada por inteira

Nossa cara mundial



Tem a parte da comida

Feijoada e coisa e tal

Grupos de samba e pagode

Nossa arte musical

Angu, rabada e agrião

Chorinho e samba-canção

Marca tradicional





Peixe com tempero verde

Cozinhado à brasileira

E tem muito Carnaval

Para animar a Feira

Blocos de fantasia

Cachaça, mulata e orgia

Numa festa bem faceira



Onde anda o presidente?

Tá pra lá de Bagdá

O chiclete com banana

Também deve estar por lá

Mandou tirar o sapato

Pra não arrumar desacato

Com o Deus de nome Alah



Lula tirou o sapato

E também os pés do chão

No ritmo da melodia

Em prol da exportação

Foi procurar no passado

O futuro desejado

Pra essa grande Nação



Agora, senhor presidente

Não fique acostumado

Vê se pára mais em casa

Tem muito serviço atrasado

Muita coisa pra votar

Ano-novo vai chegar

E o país está parado



Brasília, 08 de dezembro de 2003





















































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