Carta para Deus – senhor, perdoai-os, porque não sabem o que fazem
Querido Deus,
Com palavras semelhantes às de Jesus, ao ser levado para a morte, eu começo esta carta.
Sei que ao longo dos séculos, muitos usaram Teu nome para guerrear, saquear, matar, perseguir, caluniar.
Muitos entoaram cânticos nos templos, enquanto queimavam mulheres na fogueira, apenas para recuperar o domínio de terras e poder, sob falsas acusações àquelas que usavam seus conhecimentos de ervas e curas para ajudar ao próximo, ou que haviam perdido seus filhos e maridos na “Guerra Santa” e se apropriado de suas próprias glebas.
Quantos mestres iluminastes, Deus, nestes milhares de anos registrados nas páginas da história humana! Jesus, pregador da justiça, do amor ao outro, do perdão, da misericórdia, da repartição do pão. Jesus, que amou a todos. Amou sua mãe, amou Maria Madalena e amou o seu delator, Judas, como amou Pedro, que o negou.
Quantas lições deixadas por tantos.
Tenho muito que evoluir, nesta minha vida. Dominar a ira que sinto ao ver pessoas usando, novamente, teu nome, para pregar a mentira, o ódio, sem revelar suas verdadeiras intenções!
Deus, minha inspiração, minha meta de crescimento espiritual nesta vida se inspira em São Francisco de Assis:
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Tento apiedar-me, vivenciar as palavras de Jesus, pedindo a Ti que os perdoasse, porque não sabiam o que faziam.
Mas minha alma chora de indignação, por ver que existe gente que gostaria de queimar mulheres na fogueira, como se fez na “Santa” Inquisição. Não são metáforas, senhor, mas sim a verdadeira face daqueles que se deixaram dominar pelas forças do obscurantismo que tanto mal já fez à humanidade e ao nosso país.
Minha alma chora por ver que existem seres dotados de inteligência humana que pregam o ódio, a mentira, desprezando os mais humildes e nem por isso desprovidos da centelha divina, do direito à vida digna.
Minha alma chora mas confia que a verdade prevalecerá, que o amor sobreviverá e tocará aqueles que, enganados, usam teu nome para falar de ódio, morte, aqueles que não respeitam a vida e somente sabem semear a má semente. Aquela que, ao brotar, sufoca os frutos plantados para alimentar o povo. Alimentar também de amor, esperança, porque não só de pão vive o homem.
Deus, olha por meu povo! Por essa gente que merece alegria, pelas mãezinhas que levam seus filhos à escola com orgulho, porque sabem que eles agora têm um futuro e tem uma mesa onde podem se sentar e comer. Essas mãezinhas que representam 99% do Bolsa Família, que tem seus filhos no Pro Uni – longe das drogas e da criminalidade, essas mãezinhas que terão um teto no Minha Casa Minha Vida, que estão atuando nos Territórios de Cidadania, cuja filhas não engravidam mais na adolescência, que não precisam mais se submeter a humilhações em casas de família, onde ganhavam não apenas o pão sofrido mas a visita noturna do patrão. É disso que se trata o Bolsa Família – libertar as pessoas da escravidão e por isso é tão atacado por aqueles que se beneficiavam da pobreza das pessoas.
Deus, ilumina os corações daqueles e daquelas que não se comovem com a miséria humana, que querem entregar as riquezas do país aos donos do mundo.
Porque realmente, Senhor, O BRASIL NÃO TEM DONO, BEM MOSTROU O PRESIDENTE LULA, e assim será com Dilma. O dono do Brasil, senhor, é e precisa ser, de verdade, o povo brasileiro.
Deus, ilumina as mentes que espalham calúnias, que deturpam notícias, que desmerecem a divindade da raça humana, para que não usem teu nome para enganar e trair a nossa gente!
Que façam a disputa limpa, de projeto, dizendo a que vieram, mostrando sua história, mas JAMAIS, EM NOME DE DEUS!
|
