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Artigos-->1. SEM MALCRIAÇÃO NEM CONSTRANGIMENTO -- 18/08/2001 - 09:09 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Confessamos que a mensagem inicial nos causou muita preocupação, não pelo que está expresso, mas pela diretriz que desejávamos imprimir dentro do campo das possíveis celeumas mentais que poderíamos provocar junto aos encarnados. Estamos verdadeiramente interessados em discutir pontos de vista revéis aos ensinos de Jesus e que passam batidos pelas esferas do mundano admitido, incentivado e, mesmo, proclamado como de caráter superior.



Muitos de nós viemos cair neste ambiente de estudos, após brevíssimo estágio nos hospitais da colônia para comburirmos os gases tóxicos que estavam nublando a nossa mente, perturbados que chegamos pelo excessivo uso de drogas de todo tipo. Mas a nossa inteligência era, no mínimo, notável.



Se tivéssemos tido o discernimento do perigo do proceder agressivo contra o próprio organismo, talvez maneirássemos, pelo menos, a quantidade dos elementos perniciosos que absorvíamos. A nossa ação demonstrava que tínhamos o domínio do corpo e da mente através de imperativa vontade. E não admitíamos sequer um aviso sábio, ainda que nos fossem apresentados em clínicas especializadas ou em centros de recuperação de drogados ou viciados. Colocávamos no mesmo saco os médicos, os sacerdotes, os umbandistas, os kardecistas, os políticos (esses, coitados, sempre acoimados de falsos, de dilapidadores do erário, de unhas-de-fome quando não soltavam as verbas do socorro oficial) e tantos outros que se apresentavam como voluntários ou como contratados para nos orientarem.



A descrição acima deverá conduzir a conclusões do tipo:



“Esses caras todos estiveram internados e, portanto, devem ter sido extremamente perigosos para a saúde moral de suas famílias. Devem ter sido os causadores de tristes separações de casais, de terríveis conflitos entre irmãos, de tremendos pesares para todos os entes mais velhos que neles depositaram muita esperança em que o equilíbrio existencial persistisse no corpo familiar.”



Tais conclusões coincidirão com a realidade do passado da maioria de nós. É verdade que demos ensejo a dramas de muito sofrimento para as pessoas que nos agasalharam, ao menos, no ventre materno. Mas, com todo o respeito, devemos dizer que, ainda ali, recebemos influxos de más vibrações, a começar pela ingestão absolutamente forçada de drogas alucinógenas, causadoras de dependência, como o fumo, o álcool, a maconha, os barbitúricos, os químicos, inclusive remédios cuja composição (reconhecemos) não fazia parte do cabedal de conhecimentos da parentela. Alguns de nós, poucos, estamos ainda sob o efeito deletério da talidomida, apenas para citar algo bastante devastador no campo dos efeitos bioplásticos.



Mas chega de melindres à flor da pele. Todos estamos perfeitamente cônscios de que havíamos feito por merecer o tratamento perigoso para desempenho vital mais sadio. Tanto é assim que a maior parte tinha condições socioeconômicas de superação das dificuldades mas desprezamos as considerações dos familiares, dos professores e demais encarregados de nossa educação e formação para o exercício da cidadania. Há dois ou três que alcançaram cursar institutos de ensino superior, graduando-se com louvor, para imergirem, depois, em profunda depressão, praticando alguns crimes de forte prejuízo social, culminando pela prática do suicídio.



Aqui, após muito bater a cabeça nas cavernas do inconsciente, aspirando ser reconhecidos como seres coitados, doentes e perturbados, inocentes porque levados por impulsos incontroláveis, viemos ter às portas desta instituição de socorro aos infelizes, muitos conduzidos por benignos ancestrais, que outro não é o serviço que se presta quando se vencem as crises do egoísmo, do orgulho e da vaidade.



Fique o primeiro capítulo como o alerta imprescindível para os companheiros encarnados que se encontrem no bojo das alucinações do tudo poder, porque se tem a força do dinheiro, o recurso das armas, a beleza da juventude, a facilidade da linguagem, o fascínio da personalidade extrovertida, o brilho da inteligência, a coragem dos desafios, o desapego à vida. Este último requisito foi-nos solicitado por um colega que deixou a carcassa debaixo de um banco de automóvel, porque não teve perícia suficiente para ganhar na velocidade do racha suicida. Ele mesmo esteve, durante muito tempo, a incentivar ex-parceiros de correrias na noite, até que viu dois deles espatifarem o veículo de encontro a uma parede. Julgou que iria fazer bonito, aparecendo para os espíritos dos dois ainda enleados nas brumas da sensação da morte brusca. Ficou correndo deles por mais de três anos dentro das Trevas, até que um dia apelou pela ajuda de Jesus.



Mas acontecimentos desse tipo estão reservados para as próximas comunicações.



Possam os leitores sair desta aventura com o coração batendo serenamente, em paz com a consciência, esperançosos de encontrar o caminho da bem-aventurança, cheios de fé em que, um dia, se encontrarão neste mesmo posto, para narrar histórias de felizes realizações cármicas!



Deus os ajude!



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