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cronicas-->Quem quer ser John Malkovicht? -- 12/07/2001 - 18:37 (Samuel Ramos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando ouvi falar nesse filme, o título "Being John Malkovich" ficou por tempos na minha cabeça. Deve ser mais um desses casos de mensagem subliminar que fazem a festa dos tararacas e paranóicos de plantão. A paranóia foi tanta que acabei locando o filme para assistir num desses finais de semana. Claro que tardiamente. Tu vê, já não se fazem mais mensagens subliminares como antigamente...

Baeh, nem tem muito o que dizer, já que não entendi muita coisa. Mas até aí tudo normal. Problema que o fato se repetiu com filmes como "A Estrada Perdida", "Clube da Luta" e "Corra Lola Corra". Ouvi críticas favoráveis aos filmes, porém não entendi nada. Acredito que uma obra tem que ter um mínimo de linearidade racional, mas na real essa afirmação é desculpa para ocultar o quanto sou, como diz o m2, tacanho.

No caso do John Malkovich a história me lembrou coisa de ídolos e fãs. Mais ou menos o que fazia um menino que vi na rua, essa semana.

Antes de entrar no ónibus para a faculdade, passei pelo Antonio Banderas caidaço na rua. O próprio Antonio Banderas, que nos deu pérolas da música como "yo soy un hombre honrado, solo me gusta lo mejor/ las mujeres no me faltan, ni dinero, ni amor". Eu próprio se fosse ainda mais tacanho, seria seu fã, mas não é o caso. O caso é que o menino que vi na rua adiantou-se a juntá-lo do chão.

O Banderas andou assinando peças publicitárias para uma empresa de perfumes brasileira. Como parte da campanha, há um "Banderas" de papelão, em tamanho, acho, natural. E o garoto que achou esse "Banderas tamanho natural" resolveu, sorrateiramente, furar a sua boca. No lugar, enfiou um toco de cigarro e, então, passou a divertir-se com aquele "Banderas" colado à parte frontal do corpo. O guri se tornou o próprio Antonio Banderas.

Claro que esse menino, engraxate, nunca deve ter podido ir ao cinema ver o Banderas, ou quem sabe, comprar o CD da trilha sonora de algum dos filmes por ele estrelado. Porém, mesmo assim, se revelou um belo fã do ator. Vi gente xingando o menino que tinha assumido ser Banderas por umas horas. Talvez estivesse drogado, o que também não se poderia condenar totalmente: compreensível que se chapasse prá fugir da realidade em que vive. Mesmo assim, acho que ele só queria um pouco de atenção, quem sabe dar uns autógrafos, ganhar até um prato de comida. E, sendo assim, não vi maldade em seu ato. Inclusive, achei bem menos nocivo que aquela gente que se auto-onaniza em casa, enquanto se chapa para esquecer que não tem problema nenhum que valha a chapadeira. Quem sabe querem sentir que a vida pode ser uma bela merda, de fato. Não sei se, prá isso, o Banderas ajuda, mas neurose deve ser bonito de ter quando se está com a barriga cheia...


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