Quando eu andava pelos meus vinte e poucos anos, entraram em circulação cópias dos taierzinhos Chanel. Eram lindos. Mandei fazer uns dois, adorava o azulão enfeitado com sinhaninhas vermelhas e botões dourados.
De repente uma bomba estourou na Inglaterra: Mary Quant lançou a mini-saia e as moças do mundo inteiro puseram as pernas de fora. Até então, só se mostrava os joelhos em piscinas ou praias. Com a chegada dessas minis, as coxas também ficaram descobertas e os vestidinhos se tornaram mais curtos que nossos blusões. O maior inconveniente era quando precisávamos nos abaixar, tínhamos que puxar o vestido para não mostrar as calcinhas...
Depois, a juventude americana começou a contestar a guerra no Vietinã e os hippies apareceram pregando paz e amor. Vestiam longas batas bordadas de flores, de inspiração indiana. Mudaram o visual do planeta. A partir de então tudo ficou melhor, o importante era sentir-se bem em roupas folgadas.
De lá para cá a moda tomou rumos inesperados, as novidades não param de surgir. De início causam impacto, mas logo são tão reproduzidas, repetidas, que precisam mudar.
A variedade de tecidos aumentou consideravelmente e as formas de usá-los também. Roupas esportivas passaram a ter grande destaque, e me parece que hoje são as que se transformam com maior rapidez.