HISTÓRIA DE PESCADOR
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
Aconteceu de verdade. Na Câmara Distrital. Aqui, no Planalto Central.
Bem longe desta cidade. Mocinhas na puberdade. Cantadas em verso e prosa. Pelo boto cor-de-rosa. Quando a barcaça afundou. Um pescador nos contou. A história mentirosa.
História de pescaria. O peixe grande, pescado. Com pinta de deputado. Como há muito não se via. Peixe fora da bacia. De encontro à correnteza. Como a taxa de limpeza. Foi menor, na votação. Por conta da eleição. Conforme a ordem do dia
Confirma, o distrital. Que esteve na barcaça. E. assim, meio sem graça.
Disse não saber nadar. Que em breve vai comprovar. Ficou na beira do rio. Longe do cheiro do cio. Não faz nada de anormal. Estava escuro, afinal. E fazia muito frio.
Vá lá que seja verdade. A lenda do rio Negro. Uniu Troiano e Grego. No voto de castidade. Excesso de liberdade. Fruto da democracia. Junto com a pescaria. O anzol enferrujado. A isca do deputado. Nenhuma moça queria.