"Sem Brochura"
KaKá Ueno...03/12/03.
tntarte@aol.com
Nas ruas, vagueiam seres quase mortos!
São visíveis, são nítidos...
De tão grande que é a aberração...
Dói demais no coração...
Talvez, de tão feio,
os olhos nem queiram enxergar...
Quando aquela criança feia,
por não ser tua:
não alcançará às tuas emoções;
tua dignidade,
tampouco chama a tua atenção.
Mas,
o menino apesar da sua cabeça confusa,
não desiste não!
E ele, diz coisas variadas,
quer ser a tua salvação...
No jardim das ilusões,
os espinhos que se reproduzem,
na velocidade da sua imaginação!
O fardo nas costa,
é uma danação....
Nos guetos tornam-se qualificados,
e os sonhos foram adiado!
Com sua omissão.
Tudo que foi dito,
foi escrito em folhas soltas,
e num tropeção,
caíram no chão...
os sonhos espalhados flutuavam:
outros ainda em branco,
molharam...
E o vadio, não tem compaixão!
Aproveita-se da situação.
Indiferente, eles são.
Tendemos a escurecer,
os vidros dos automóveis...
Pretendemos protegermos-nos,
da crueldade do tamanho de uma criança,
do retardo e do anti-social...
Da ira do pós guerra.
Ou, do que se alastra mundo afora!
Há vagas para negros...
E também para a paz!
Esgotado o tempo da decisão,
o quinhão que te apetece,
fica para outra ocasião!
No país dos mestiços,
só há contradição!
E os debutantes sonham...
Os casais pensam que fazem amor...
No dia seguinte o sonho acabou!
E partem,
quando novamente,
encantam-se com o próximo engano.
E às folhas,
continuam flutuando...
Até que possamos alcançar,
e na próxima edição,
escreve-lo hei.
KaKá Ueno...03/12/03.
tntarte@aol.com |
