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Poesias-->O MAR E A MÁGOA -- 03/01/2002 - 10:56 (CARLOS MÉRO) |
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Eu me consumo na contemplação do mar
- que se estende em paz a perder de vista -
e mesmo assim não domo esta angústia
que me subjuga o espírito.
Não me perguntem qual a mágoa
que me devasta o sossego das horas,
nem me vomitem certezas
que não brotaram de mim.
Se nem eu carrego a ciência
desse amargo vazio que por vezes me morde,
não é você,
cujas dores que esconde
não se rasgam das mesmas chagas que me mastigam,
quem vai me dizer os remédios
que acalmarão meus tormentos.
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