Deitou-se na rede
abriu a janela
e o ar da tarde
veio ter com ela:
beijou-a na face,
entrou-lhe no ventre
e deixou semente
que seus frutos deu.
Morreu.
E após dez anos
limparam-lhe os ossos
com honras, almoços,
benzeram-na REI.
rei posto e deposto
que reinou já morto
No vento da tarde
a tribo se recolhe
e no céu se ergue a vida
a esperança morre
Poderosos Deuses
que tão longe estais
guardai nossas redes
sobram, são demais
um a se foram
um a um se vão
os pés que pisaram,
amaram este chão.
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