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Cartas-->Te cuento para que cuentes -- 28/07/2010 - 15:46 (Ione Garcez Vieira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cartas a Gabriel
Te cuento para que cuentes
27/07/2010

Pois hoje venho de Fidel Castro, com o conto: Te cuento para que cuentes (está ao lado, na íntegra).

Este encontro, Gabriel, inspirou-me para contar o que vi e vivi em Cuba Nesta viagem. Conheci o Senador Eduardo Suplicy e seu filho, o Supla. Um encontro agradável e algum tempo de conversas. Ele foi lá – segundo me disse – para aprender e a ajudar a construir um conjunto habitacional, coisas de político.

Cheguei como rainha e quase fui parar em uma masmorra: no Hotel que ficamos (eu e duas amigas: Yolanda Charao e Ana Fiori) é dos mais lindos de Havana e minha realeza começou ali: elas ficaram, as duas, em um quarto simples, relativamente diminuto para elas e eu ganhei uma suíte, de cinema, da onde se enxergava todo o Malecon. Neste hotel, tive a graça de ouvir confidências de um antigo garçom russo, que servia no melhor restaurante (a foto está no link Biografia) da casa e que me contou que ele estava ali, onde nos estávamos, quando Fidel e Guerava entraram pela porta da frente do hotel onde acontecia uma festa de Fulgêncio Batista.

Me pediu que não lhe perguntasse mais nada... E assim foram vividos os dias em Cuba, descobertas, alegrias, encantamentos. Foi quando eu notei que uma pessoa sempre estava onde eu ia e, em CienFuegos, convidei-o para dançar, lhe queria indagar quem era, investigar sobre aquela coinscidência. Recusando o convite, disse-me que não sabia bailar e prontamente me dispus a ensiná-lo. Meio a contragosto veio para a pista, a festa do grupo foi divertida e melhor ainda a lagosta assada. Mas não consegui muito mais do que isto. Em Cienfuegos, meu apartamento era excelente também, difrenciado, tinha até dois telefones, um era vermelho e eu brincava com as colegas dizendo que estava ligado direto com Fidel (a exemplo do Telefone Vermelho no Krelim. Neste hotel, uma cubana, que servia no ônibus, me procurou, pois queria uma conversa particular comigo. As amigas se preocuparam, mas eu encarei, pediu um encontro na Tienda e o que ela queria era apenas que eu comprasse para o filho um jeans e um tênis (artigos restritos aos turistas)! Deu tudo certo.

Cuba Vieja tem algo de mágico, lindo, povo alegre, culto. Lá vi pela primeira vez na vida uma fila para entrar em uma livraria, pensei que era sessão de autógrafo, mas não, era apenas para comprar. Foi lá que encontrei um livro clássico da literatura médica, edição russa, que trouxe de presente para meu amigo Dr. Eduardo Faraco.

Encantos e desencantos... O maior deles, no aereporto quando liberaram o passaporte das duas amigas e disseram que o meu não poderia ser liberado; com os protesto que se foramaram consegui colocar o pé na porta de saída e subi no ônibus, como os outros, abaixo de baionetas.

Eu, particularmente, sai de lá penalizada: por mim, por ter visto um sonho desfeito; pelos cubanos por terem saído de uma e entrado em outra...

Agora, sou lembrada a lembrar que foi no interior, na cidade que chamam da Ouro Preto de lá, que vi em uma Igreja velha, semi-abandonada, uma imagem de Jesus, que dizia: "O que tem este Homem, que embora morto, vive?" Por muito tempo pensei no significado desta frase e hoje é a sua Igreja que promove a equidade, ajudando na libertação dos presos políticos.

Para mim, Cuba experimenta uma mudança.

Lê Fidel, Gabriel, e pensa nisto.

meu site está em www.ionegarcezvieira.com.br



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