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Artigos-->UNIVERSIDADES -- 02/12/2003 - 18:13 (Mario Roberto Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há muito se sabe que, embora a quantidade de brancos e negros no Brasil seja muito parecida, a população negra, ainda hoje, sofre reflexos do tempo da escravidão. Após a abolição da escravatura, durante longo tempo, o negro permaneceu, no mercado de trabalho, em condições que podemos chamar de semi-escravidão. Assim, obviamente, percebe, em média, salários muito menores que a população branca, o que, por via de consequência, acarreta para os negros várias dificuldades, no tocante a saúde, educação, moradia, etc. Ainda hoje, apesar inclusive da proibição constitucional do preconceito de qualquer natureza, é notório que ele existe, às vezes claro, às vezes velado, em nosso país, lamentavelmente, no que diz respeito à questão racial.

Num quadro como este, é evidente que a população negra tem pouco acesso ao ensino universitário, porquanto os candidatos que alcançam as vagas nos vestibulares são, como não poderia deixar de ser, os mais bem preparados. Esses mais bem preparados são aqueles cuja família tem melhores condições financeiras, proporcionando-lhes ensino de boa qualidade desde os primeiros anos de estudo, que, por sinal, são os mais importantes, de vez que constituem a base sobre a qual há de se construir toda a instrução e a cultura que possuirão no futuro.

Dentro dessa visão, torna-se bastante claro que a solução do problema é de longo prazo e passa, necessariamente, pela real extinção da discriminação, sem demagogia nem subterfúgios, atacando a base da questão, ou seja, oferecendo-se à população um sistema de saúde e educação públicas que funcionem e tenham boa qualdidade, para que, no futuro, estabeleça-se um equilíbrio entre as pessoas, independentemente de raça.

Observe-se que medidas como a que a UERJ vem adotando, ao criar uma cota mínima para ingresso de negros, não só não resolve coisa alguma, como caracteriza-se por um preconceito velado. Este sistema é absurdo.

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