Meu amor...
Toda vez com você é feito saudade que nunca passa.
A preliminar é doce que estampa, e do beijo farto que escorre à boca, tece a sombra do afago, do delírio de cada hora.
Parece que tudo é constante nas nossas vidas: na calma de nos entregarmos, ingerimos a fome.
Estamos sedentos, um do lado do outro...
Vemos a proeza da vida vibrar às constelações do ensejo,
o mesmo desejo de nós dois. E,
numa boa hora, quando o outono chegar,
diremos que tudo isso é amor, ao passo que,
nunca sabemos quando é: só nos doemos nas incertezas
e nos fazemos com capricho, ditosos, conservadores e escrachados, alados, pelo nosso céu...
Será dor quando eu precisar morrer e o vento varrer minha vida.
Direi para o meu amor que não se consola, que me espere noutro amanhecer e, com prazer, voltarei para os seus braços...
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