O camarada, nunca tinha ido à uma boite, um clube noturno. Uma noite, resolveu matar a curiosidade e foi lá. E era a noite da dor de cotovelo, a noite dos boleros. E a cantora terminava de cantar um bolero da década de cinqüenta, sessenta, por aí. E a platéia, de gente daquela época, mais amadurecida, começou a gritar, pedindo outras canções: Pecadora! E outros: Hipócrita! Doidivana! Aí não deu outra. Já que todo mundo estava naquela, o camarada entrou na brincadeira e começou a gritar: Vaca! Piranha! Filha de uma égua!...
|