Usina de Letras
Usina de Letras
127 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62145 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13566)

Frases (50551)

Humor (20021)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140784)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6175)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Chega de Bravatas!.... -- 30/11/2003 - 11:32 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Enquanto o nosso presidente viaja, os brasileiros colecionam notícias sobre corrupção, roubo e falta de controles capazes de inibir a ladroeira que anda solta neste país.



Nunca tantos roubaram tanto, com tanta facilidade. E, justiça seja feita, nunca a Justiça agiu tanto, prendendo tanto, sem necessidade de tanto controle externo.



Aliás, pelo visto, quem precisa de controle externo não é, propriamente, a Justiça. Os últimos escândalos que estão pipocando dão mostras disso.



O caso do BANESTADO continua sendo apurado pela CPI. E já sugere o envolvimento de centenas de figurões engravatados, que, de forma inusitada, remeteram dezenas de bilhões de dólares para paraísos fiscais. Dinheiro sem comprovação de origem lícita. Que saíram do país, nas barbas dos órgãos competentes para o controle dessas remessas.



Na semana passada, a Operação Praga no Egito, realizada pela Polícia Federal, resultou na prisão do ex-governador de Roraima e outras dezenas de acusados, inclusive um ex-conselheiro do Tribunal de Contas e ex-deputados estaduais.



A acusação foi a de que, referidas “autoridades”, teriam lesado os cofres daquele Estado, via fraude na folha de pagamento, onde mais de cinco mil funcionários fantasmas, denominados de gafanhotos e laranjas, recebiam, indevidamente, salários, ou tinham seus nomes utilizados para este fim, sem prestar qualquer serviço, num processo que culminou num rombo de cerca de R$ 300 milhões de reais.



Não faz muito tempo, outro escândalo, denominado de “Operação Anaconda”, resultou na prisão do juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, sua ex-mulher e mais uma ex-auditora da Receita Federal Norma Regina Cunha, um delegado federal, um agente da própria Polícia Federal, dois advogados e dois empresários. Todos acusados de integrarem suposta quadrilha destinada a venda de sentenças judiciais, objetivando favorecer causas de interesse de traficantes e contrabandistas.



Na cidade do Rio de Janeiro, todos se lembram, o ex-subsecretário de Fazenda do estado, o famoso “silveirinha”, foi condenado a quinze anos de prisão, no processo chamado de Propinoduto, pela participação no esquema de corrupção de fiscais e auditores.



Neste esquema, foram sentenciados, ainda, mais vinte e um réus, todos por crimes de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, por conta dos quais o Estado do Rio de Janeiro teria deixado de arrecadar cerca de mais de U$ 33 milhões de dólares.



Em seguida, tal como no seriado dos cinemas, veio à tona o Propinoduto II, com a participação de empresários, advogados e funcionários públicos do governo do Rio de Janeiro, envolvidos com o pagamento/recebimento de propinas objetivando apagar, dos arquivos próprios, os registros de débitos de terceiros para com o Fisco e o INSS. Vinte e oito mandados de prisão expedidos pela Justiça. O rombo foi calculado em R$245 mlhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão, segundo a imprensa.



Em Brasília, mais duas operações de escândalos. A Operação Diamante e a Operação Grilo. A operação Diamante segue seu trâmite normal na Justiça. Mas já foi tomada uma primeira decisão: o afastamento, por aposentadoria compulsória, de um desembargador e de uma juíza federal. A Justiça cortando na própria carne.



A segunda, conseguiu colocar um deputado distrital na cadeia, por quase um mês. E continua em andamento.



Não vamos retroceder muito ao passado, pois teríamos assunto para mais cinco ou dez páginas. Fiquemos nos escândalos mais recentes. Só para lembrar que a corrupção está a merecer um Ministério. Talvez a Corregedoria Geral da União necessite de ser ampliada. Com mais espaços físicos, mais recursos financeiros e humanos; e mais poder de investigação.



E o presidente precisa parar um pouco mais em casa; deixar de criticar o Poder Judiciário que, é notório, tem dado mostras de que é último refúgio para restabelecer a decência e colocar os corruptos de todos os poderes e gravatas na cadeia.



O país do futuro deverá começar no presente. Vamos fechar as portas da omissão e da paralisia. Vamos atacar, de frente, e com honestidade de propósitos, os verdadeiros e cruciais problemas desta nossa nação.Chega de bravatas.



30 de novembro de 2003

















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui