Por
volta das 18:00 Rafael já está a caminho da casa de Lilian. Pensou em conversar
com a mãe sobre morar no esconderijo alugado por dona Elaine, mas ainda tinha
dúvidas sobre fazê-lo. Não apenas pelo fato de não saber se poderia confiar na
mulher, não podia esperar que ela permanecesse sua amante para sempre e, com o
desinteresse dela, ele também perderia o local onde mora, mas, por que não
dizer, ainda havia o fato de que é um garoto de quinze anos somente e não saber
se poderia simplesmente sair de casa daquela forma. Apesar de ser formidável,
ele havia sido criado como qualquer adolescente mortal e possuía os mesmos
temores e incertezas de um. Por um minuto pensa em ver seu pai, até mesmo se
pergunta se ele por acaso não seria capaz de sentir quando ele gostaria de
vê-lo e se manifestasse de repente diante dele, mas também é capaz de concluir
que ele talvez só o fizesse em algum caso realmente urgente ou em que não fosse
atrapalhar algo mais interessante que o jovem tivesse para fazer, como no caso
do encontro com Lilian e sua mãe. Ou simplesmente quando lhe fosse conveniente.
Quando
está próximo à casa da amiga de Audrey, Rafael pode ver, a uma distância
segura, um homem que provavelmente é o pai de Lilian saindo de sua casa com uma
bíblia debaixo de seu braço. A visão faz com que se lembre das fotos de sua mãe
que ela mandou para o celular de Audrey para que ele as visse. A ironia de
saber que vai se deitar com uma mulher que é provavelmente tão religiosa quanto
seu marido é tanta que ele tem de se conter para não começar a rir.
Definitivamente, os mortais não serviriam para outra coisa que não aquilo. Num
misto de desprezo por eles e de ansiedade pela diversão que viria logo em
seguida, ele toca a campainha, notando que o boi com quem a mãe de Lilian é
casada já não se encontra mais nas proximidades.
A
lembrança do esconderijo lhe vem à mente. É realmente interessante ter um local
onde ele possa se encontrar em segurança com suas amantes, mas admite que tomar
posse da mulher na cama com que ela dorme com o marido sempre vai ser melhor. A
depravação, o desvirtuamento de todos os valores aos quais os mortais dão tanta
importância não importando o quanto façam de seu dia a dia uma dedicação
gratuita à destruição deles, o fascina de tal forma que ele já não estranha
mais o fato de seu pai biológico ser quem é. Talvez esteja no sangue...
-
Oi, Rafa, tudo bom, diz Lilian, saindo pela porta da sala e caminhando até o
portão, abrindo-o para que Rafael possa entrar.
- Tudo, e você? Finalmente consegui te visitar.
- Pois é, né, fica ocupado comendo todas da quebrada,
da escola, aí eu tenho que ficar esperando você ficar disponível...
- Ah, o povo fala demais... nem de longe eu sou tudo
isso que dizem.
- Eu espero que seja, pois o que me falaram é que você
anda tumultuando namoros e casamentos por aí, diz a mãe de Lilian, que aparece
à porta, demonstrando uma alegria ansiosa quando vê Rafael entrando pelo
portão. Vem, vamos pra dentro que o povo daqui fala demais, ainda mais quando
se trata de um visitante como você. – Rafael e Lilian riem do comentário da
mãe. Tão logo os três estão dentro de casa se sentam ao sofá, uma de cada lado
do garoto, que, já acostumado a este tipo de situação, se mostra bem à vontade
com a companhia das duas.
- Rafa, antes que eu esqueça de apresentar, essa é
minha mãe, Vera. Você já viu ela pelas fotos.
- Ah, sim, não tinha como esquecer... pelo jeito, a
beleza é de família. Não via a hora de chegar aqui.
- E nós não víamos a hora de conferir aquilo de que as
meninas do bairro falam tanto. Elas e algumas donas de casa também. Então, cadê
o menino?
- Mãe! Não esquenta a cabeça, Rafa, ela é do tipo
acelerada.
- Ah, não, tudo bem... até porque a gente não precisa
mentir e você sabe porque eu vim aqui hoje, né...
- Pra não dizer que meu marido deve voltar depois do
culto e que a gente não pode ficar embaçando, já que ele acorda cedo pra
trabalhar amanhã... então, vamos dar uma olhada nisso logo... – como se tomasse
conta da cena, dona Vera passa a mão por cima da calça de Rafael, sentindo o
cacete gigantesco por baixo dela, já duro e pulsante, como se já houvesse chegado
pronto ao local para divertir as duas mulheres.
- Jesus, tudo isso mesmo? Só de sentir por cima da
calça já assusta...
- Peraí, mãe, vamos fazer a coisa do jeito certo... –
Lilian se ajoelha diante de Rafael e solta seu cinto, abre a calça e a desce
logo em seguida até os pés do rapaz, revelando o membro gigantesco, que salta e
balança para cima e para baixo, e é tomado pela adolescente, que o segura e
observa, impressionada, comparando o tamanho de sua mão com a da cabeça do colosso
grande e duro, passando a segurá-la com a outra e observando que, ainda assim,
parece sobrar o suficiente para fazê-la se perguntar se conseguirá aguentar
tudo aquilo dentro de si.
- Puta que pariu... não pode ser tão grande! Sempre
foi assim?
- Acho que é de família, diz ele, lembrando-se do pai
biológico. Lilian masturba o rapaz,
enquanto a mãe, perdida entre o espanto e a ansiedade, rapidamente retira seu
vestido, ficando apenas com a roupa de baixo. Decidindo seguir dona Vera, a
menina coloca o pênis avantajado na boca e passa suga-lo enquanto retira sua
camiseta e, ficando de pé, abaixa as calças. Para terminar de tirar a roupa ela
fica de pé e a mãe, sem perda de tempo, se ajoelha diante do rapaz, sentado
agora ao sofá, e se apoia em suas coxas grossas, segurando o cacete com as duas
mãos e sugando-o com avidez. Ela o lambe das bolas até a cabeça, passando a
língua pelo corpo do pau e chupando-o com fome, atingindo o próprio rosto com
ele, até que Lilian volte e se reveze com a mãe, se revezando com ela no sexo
oral.
Sentindo que o membro está a ponto de explodir, Rafael
se coloca de pé, posicionando a menina debruçada na parte de cima do sofá. Bate
com o pau em seu clitóris repetidas vezes e, em seguida, inicia a penetração,
devagar, enquanto dona Vera, por trás do garoto, acaricia suas bolas,
ajoelhando-se por trás dele para poder lambe-las enquanto acaricia suas coxas.
- Vai devagar, caralho, o do meu namorado não dá
metade disso aí... – Lilian geme alto, grita palavrões e aperta o tecido do
sofá enquanto sente o membro de Rafael deslizar para dentro. O garoto sorri,
como se a reação da garota o regozijasse, e dona Vera acaricia o corpo
escultural do jovem enquanto toca seus testículos e se masturba, perguntando-se
se conseguirá suportar aquele gigante, uma vez que a filha parece estar tendo
trabalho.
- O corno do meu marido tem o pau muito menor do que o
seu... soca gostoso na minha menina, safado, você vai comer a filha e depois a
mãe é que vai gozar nessa sua piroca... – o ritmo das estocadas vai aumentando
e Lilian enlouquece, dizendo coisas sem sentido e jogando o próprio corpo para
trás, no intuito de conseguir uma penetração maior. Rafael e dona Vera se
beijam e ele, como se quisesse compartilhar com a mãe o prazer que concede à
filha, retira-se de dentro de Lilian e posiciona a mulher para penetrá-la por
trás.
- Filho da puta, estragou minha boceta... depois vai
ter que me comer de novo, diz Lilian, beijando a boca de Rafael enquanto ele
posiciona a vara na fenda de dona Vera, que não contém os gemidos de prazer
enquanto o jovem bem-dotado a invade.
- Me come, pintudo safado... fode a sua puta com essa
rola gostosa...
- Goza, vagabunda, sente o que essa jeba fez com a sua
filha, diz Lilian, vendo a reação da mãe, que se entrega sem pudor algum ao
amante adolescente que espanca suas nádegas e a penetra sem qualquer pudor ou
compaixão. E novamente ele se via em um cenário de adultério resultante da
cumplicidade da mãe e da filha. A depravação, a putaria, a total devassa dos
valores éticos e morais já havia se tornado não apenas uma rotina como também
um prazer alucinante para ele, como se tornar-se o principal protagonista dos
pecados que os mortais adoram cometer se tornasse, cada vez mais, a razão de
sua existência. Depois de algum tempo de penetração, as duas mulheres o seguram
pela rola descomunal e o puxam em direção ao quarto de dona Vera, onde ele
passa a se revezar com as duas, fazendo todas as posições possíveis e levando
as duas ao delírio de forma que um homem comum, marido ou não, jamais poderia
cogitar em fazer. Elas pedem as contas dos orgasmos e ele de quantas vezes
enche suas bocas e seus úteros com quantidades abundantes de esperma, além de
dar-lhes banhos com seu leite, como se batizasse as duas como seu pai
biológico, anjo supostamente caído, claramente faz com todos os mortais logo
que deixam os ventres de suas mães. Em
pé, erguendo seus corpos como se fossem bonecas, de quatro, de frente, de toda
forma ele as toma, até que finalmente as duas se rendam a uma extasiante
exaustão.
- Puta que o pariu, arrombou a gente, diz dona Vera.
Onde tava esse pinto que eu não dei pra ele antes...
- Socado na boceta e no cu de alguém, diz Lilian,
ainda ofegante.
- Ah, tá, vai dizer que alguém aguenta isso no toba? –
e Rafael responde:
- Por incrível que pareça, sim, tem gente que não só
leva como gosta. Mas geralmente só entra a metade, não dá pra colocar tudo. É
mais pra sentir o drama mesmo.
- E você gosta de castigar um cuzinho, né, safado, diz
Lilian. Me fala, comeu o cu da Audrey? E da mãe dela?
- Ah, deixa no gelo isso aí, diz ele, rindo. Dona Vera
se aproxima dele, toma o cacete nas mãos e o beija delicadamente na cabeça,
punhetando-o novamente e passando-o ao longo do rosto enquanto relembra a
última hora que passaram.
- Gostosão, o boi volta daqui a pouco. Melhor você ir,
eu também preciso tomar um banho e arrumar essa bagunça. Não tem como esse explicar
essas manchas de porra no lençol, então é melhor eu ir logo com isso.
- Tudo bem, eu volto outro dia.
- Acho bom mesmo! – Rafael beija a mulher demoradamente,
apertando a mão gigantesca em uma de suas nádegas e, em seguida, tanto ele como
Lilian se vestem, enquanto dona Vera começa a trocar a roupa de cama. A menina
o leva até a porta:
- Meu, não sei se consigo ir pra escola amanhã... será
que vai dar pra sentar? Minha boceta tá ardendo...
- Relaxa, até amanhã você tá melhor. Eu vou indo
agora, vai que seu pai aparece e você tá aqui com um cara que não é seu
namorado...
- Vai lá. Até porque eu tô precisando descansar, tô
acabada... meu, ainda não tô acreditando... sempre achei que a Audrey tava
falando merda...
- Mas agora viu que não. Logo eu tô de volta e você
vai poder ficar de quatro pra ele de novo.
- Vou, sim... – ela abre o portão e os dois trocam um
beijo demorado, ele atingindo uma das nádegas dela com um tapa. Lilian ri e ele
se vai, levando consigo mais uma lembrança que, possivelmente, vai resultar em
mais parceiras que virão procurá-lo devido aos comentários feitos a seu
respeito.
- Verdade, mulher não sabe ficar quieta. Não vai demorar
muito e ela vai falar de você pras amigas. E logo vão estar todas loucas pra
abrir as pernas pra você também.
- Você? Caraco, tava pensando em você agora há pouco,
antes de ir pra casa delas. Tava pensando se ia te ver ainda hoje.
- E por que eu não voltaria? Bom saber como minha cria
está se saindo. Felizmente posso me dar ao luxo de ser onipresente, já que você
tem muitos meios-irmãos que eu preciso visitar de vez em quando.
- Meios-irmãos...? Ah, claro, devia ter imaginado que
você não se relacionou só com a minha mãe...
- Não, é claro que não. Desejo não é uma coisa que
conhece códigos de ética, religiosidades e convenções. E, como essas
imbecilidades são criações tipicamente humanas, não haveria por que eu seguir
seu código em vez de simplesmente dar vazão à minha própria vontade. Aliás,
este é o único ponto em que os humanos e eu concordamos, já que a vontade
própria é a única coisa que os motiva. O livre arbítrio dado por Deus nada mais
é que um álibi perfeito que Ele deu aos erros com o único objetivo de se
isentar da culpa de tê-los feito imperfeitos.
- Adoro conversar com você sobre essas coisas... me
faz sentir como se eu dialogasse com uma força da natureza.
- Talvez eu o seja, direta e indiretamente; a mente
humana mexe muito com a forma como o mundo funciona, embora muitos não saibam
disso ou que o pensamento é uma das coisas que mais alimenta a magia e tem
consequências mais ou menos trágicas sobre a realidade deles. E, como a grande
maioria deles é negativa por natureza, o mundo termina por ser como é, ninguém
sendo bom ou mal por causa da ética ou do senso de moral que defendem ou
acreditem ser correto; não existe o melhor, só o menos pior.
- É, eu mesmo já me peguei pensando a respeito disso.
Mas eu tô pensando agora é no que eu vou fazer da vida, já não tenho mais
ambiente em casa depois que descobri a verdade sobre mim, e ando pensando até
em me mudar pro esconderijo da dona Elaine. Mas como eu vou viver, não dá pra
ficar sendo sustentado pela mulher, uma hora ela pode enjoar de mim, e aí eu
faço o quê?
- E nem precisa ser. Talvez você possa simplesmente
começar a fazer uso das suas habilidades, do que você tem aí e que deixa as
mortais tão contentes... eu fiz isso uma vez, mas foi só por farra, já que não
tenho necessidade de ter um trabalho pra me sustentar entre os mortais. Você é
um super-humano, mas, pelo fato de sua mãe ser mortal, não teve como ser
imortal. O que é podre sempre termina por contaminar o que é divino, é uma
pena...
- Super-humano? Como assim?
- Seu metabolismo age diferente das outras pessoas,
você não é afetado pelas infecções, vírus e bactérias, além de possuir um
sistema de regeneração e cura praticamente imediato e força sobre-humana, dez
vezes maior que o normal. Consequentemente, consegue causar nas mulheres o efeito
que causa com frequência. E, já que não quer continuar convivendo com seus
pais, nada mais correto que comece a fazer uso desse dom... não é?
Rafael se mostra indeciso; não chega a se chocar com a
sugestão do pai biológico, mas não nega que a possibilidade de tornar seu
talento natural aquilo que pode garantir seu ganha pão bastante tentadora. Não
sabe como fazer nada, como dar início à sua carreira, mas não demora muito a
concluir que o anjo supostamente caído pode se tornar a solução ou, ao menos, mostra-la
a ele.
- Tá, mas o que eu faço? – o demônio sorri.
- Eu vou lhe dizer. Ouça com atenção...