Quisera poder fazer o que tenho em mente:
dar ao cego — luz.;
ao maneta — mão:
ao perneta — perna.;
ao que sofre — felicidade.;
a mim mesmo — a verdade.
Mas não posso:
eu que necessito de luz,
para enxergar os homens.;
de mão,
para realizar o pensamento.;
de perna,
para caminhar as distâncias.;
de felicidade,
para satisfazer meu egoísmo.;
da verdade,
para ser absoluto.
E tenho que permanecer como sou.
Entrementes: matemos e roubemos.
01.10.58.
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