É verdade que o Dia de Ação de Graças é um dos feriados mais importantes dos Estado Unidos da América. Todos sabemos disso, não é nenhuma novidade.
Mas, convenhamos, uma aparição deste tipo, pela porta lateral do Aeroporto de Bagdá, nas circunstâncias em que se deu, é um espetáculo por demais cinematográfico e, se levarmos em conta os fatores envolvidos na questão, haveremos de concluir que tudo não passou mesmo de uma grande encenação, com objetivos claros, quais sejam: o primeiro, sem qualquer sombra de dúvida, tentar diminuir, porque apagar é impossível, da memória do povo norte-americano, o grande erro que foi essa guerra, como de resto costuma ser qualquer guerra. Assim, sob a capa de um apoio irrestrito e patriótico aos "heróis" que se encontram envolvidos nesta ocupação pós-guerra, esconde-se a intenção de, por assim dizer, "limpar a barra" do governo americano.
O segundo objetivo, tão claro com o primeiro, é criar uma imagem (como se fora possível) de herói nacional para o próprio presidente Bush, com vistas à eleição presidencial que se avizinha, demonstrando que de tudo são capazes certos políticos, quando está em jogo o seu interesse. Enfim, um episódio lastimável, sob todos os aspectos. |