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Poesias-->Coração de Cristal -- 16/04/2000 - 10:38 (Márcio Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O homem que contestou o sol.





Nasceu o sol e o homem... e, depois, a ignorância de qual veio primeiro: o homem indagou e o sol brilhou, intensamente.

Quando chovia, o homem sentia frio.; a ausência de ser e a interpretação do poder dominavam a sua essência. Na descrença, o homem se viu só, vítima do apocalipse. O homem construiu estradas, pontes, pulou a cerca, deitou na cama e na relva.; e, depois, morria num caixão de flores...

O sol brotava em chamas, incandescente luz, flamejante elo que conduz às noites de luar: sol da irmandade.

Do ponto de onde nos encontramos é que somos capazes de responder o que a vida indaga. Têm sentido as coisas que somam-se à simplicidade nos seus afazeres e devolve brilho à condição que, de tudo, emana.

Há sol e homem quando o amanhã se inicia, batendo o vento, trabalhando o suor, varrendo o medo, suportando o veneno...

Homem que acena e sol que parte, no ocaso e no acaso de um olhar.

Demência, é o pensamento do porvir que chega de sobressalto sem detalhes. O homem na essência ignora a razão: razão não é nada na condição que subentende - o princípio que cria e mata é origem do saber.

O sol do peito prevalece de abundância no homem, mesmo que ele não o retrate. Há espelhos na varanda que figuram a face.; e casas para os que sonham com eternas moradas. Tudo é transcendência.; e demência premeditada morre, dando vazão ao choro. É feliz quem traspassa à aquarela do sol para a vida: não responde por homem, é luz de muitas cores.

É preciso muito pouco para atravessar uma ponte, basta a meiguice de apreciar o rio...

























O amor dá vazão ao silêncio que renuncia ao EU





Não serei Eu que apontarei-te na vanguarda dos teus sonhos.

Não serei Eu que direi o que não poderá ser dito na ausência dos fatos.

Não serei Eu que suportarei o medo do teu olhar na evidência da verdade.

Não serei Eu que morrerei pelo teu amor se não puderes dar-me a vida...

Não sou o mais justo,

Não sou a melhor descendência,

Não tenho a permanência da ilusão,

Não me cabe a fração do segundo,

Nem me importa este reles mundo, só trago comigo o coração.

Não serei Eu o ímpio de ver a tua face.

Não serei Eu o molde do teu corte.

Não serei Eu a raiz da tua rama.

Não serei Eu o embalo da tua cama...

Não sou o mais ditoso,

Não sou a melhor companhia,

Não tenho a alegria do brinde,

Não visto a fantasia da espécie...

Nego-me, indiscriminadamente.

O medo me causará estranho e serei liberdade à penumbra...

Eu sou aquele que não responde, o amor tem toda a sua evidência.





























Nunca mais será outono







Não há mundo que não causei pelo qual eu viva, traspassa a dor do meu amor em júbilo de cada dia. As folhas da paixão estão caindo e ventando. Quando vou atravessar as esquinas, tenho a leve sensação de que vou me apaixonar...O gosto do sol cega-me os olhos e não percebo o momento, do outro lado, aproximar do resgate daquilo que me convém, tudo!

É, em soberania, o capricho de somar as cantadas de sexo, vendaval da espinha, estremeço a boca. Não muito das vezes, esqueço que a ilusão é parte inteira do mundo.; sobra o olhar do que se admira da forma doce que conspira, que espuma...

É prazer a malícia doida e nua que se expõe na minha cama: causa-me os danos que mereço, em sigilo, gozo...para o espanto de quem pensou que eu não pudesse... Nunca deixarei a infância, tampouco, a nostalgia de crescer para o indescritível homem que se possui. Soma-se à alegria a poesia que comunga a vida:

a ilusão.

Restam apenas os fatos àqueles que condensam os detalhes: há mais noites do que dia...Enquanto meu amor dorme, eu sinto que ele sonha... comigo, perambulando, pelas ruas na minha meditação, na questão da "pegação", no copo das alcovas e dos urubus...sou mais um pela noite contando o número dos perdidos e dos achados, reluzentes, enfumaçados, meninos do adeus...

- Prometo que serei feliz enquanto tiver esperança!





















Palavras para o renascimento





O homem, a cada dia, se inicia...

O principio da criação é o elo mais forte com o cosmo. Há, entre todas as espécies, um infinito embrenhado e constante na sabedoria universal. Daquilo que se chama ou que se nomeia, ainda que não se vê, vida, é apenas o passaporte, o canal - veículo das emanações do instável: o homem...

A essência humana coabita à Divina e transcende com o espírito - Há trindade em toda criação e, mesmo assim, quando na transcendência, um ser único responde por todos.

O tempo de Ser é o objeto que transpõe a causa no efeito desejado de cada dia...se não há desejos(objeto + objetivo) não há vida. O espaço alternado e cíclico das encarnações é preciso ser fecundo, dando respaldo a uma nova seqüência de formas que corresponderão a mesma origem. Creia que morreremos, um após o outro, em litúrgicas palavras, em pensamentos, em atos, e, decompostos, para a vida. A morte coroa o trono de cada ser e o julga mesmo em seus destroços.



























Quando uma estrela não cai do céu...







No firmamento, além da esperança, milhões de olhares apreciam o céu. Parece que há um sentido de conforto, longínquo, determinando um futuro mais feliz. Quando uma estrela surge no céu, o seu brilho é para todos. As idéias, as ações, as intenções, os pensamentos... de cada um, interferem no complexo do todo. Há uma virtude que comunga à expressividade e à lealdade dentre os seres vivos: a Beleza.

Jubilosa, como uma estória de fadas, a Beleza embrenha-se ao sonho conquistando o Ser no seu individualismo. Tudo o que foi criado foi determinado, em parte de todo, à humanidade. Uma sentença, um carinho, uma culpa, um perdão...somente muda a ênfase de sujeito no pensamento. Não há nada o que temer quando o céu está aberto: do que se admira, se conforta.; pois há conforto no que se admira. Quanto mais o Ser observa os detalhes, maior compreensão ele tem do todo, e, muito mais ele é, à constante daquilo que ele se expressa. Saber que não existe individualismo dentro do corpo, é ser parte do céu, em causa e efeito. Efetivamente, andar de mãos dadas colore a paisagem coibindo a manifestação do sonho vago: mãos sozinhas pelo vento, desejosas de pertencer...

O individualismo leva o homem às riquezas materiais e o afasta do elo admirador...( "É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha de que um rico entrar no céu"). Quando um homem não se põe à deriva de conselhos, segue o instinto do peito.; e, do que ele visualiza e acredita, se resume, ao ponto de confortar-se de felicidade. Este homem é vínculo de céu e posse eterna admiradora: há respeito no princípio da criação dele manifestante.; não há de morrer, a vida lírica ultrapassa o conforto da virilha e emana cabeças iluminadas. Tudo está para todos no mesmo lugar e na mesma hora: o tempo não existe, não determina...Vê, agora, no olhar do outro, o céu que se admira, quando uma estrela não cai...







O mundo das violetas mortas





O mundo é um redondo sobre uma plataforma...

Parece poético vagar pelas ruas e enfrentar o agora, perdido, na emoção do outro. Sentir dele o arrepio, o olhar contagiante, quase que embalsamado pela espinha, contagiando a ápice, o equilíbrio de se manter sóbrio e sereno, faz com que a vida perdure e tenha sentido.

Engraçado que, é este olhar de transparência e dúvidas que nos segura tão abominavelmente, tão medonho nos detalhes e, puramente, vestido de nuances...

O outro desencadeia uma metamorfose a todos os níveis de relevância: é como tocar a flor e não tocar... e, sentir, um mesmo sentido.

Falar do outro nos dá uma sensação de soberania tão maior do que falar do Eu, impávido, congestionamento de argumentos... Há no mundo um vento que varre e estampa as violetas mortas.

Observem a figura de cada estampa e o detalhe do outro persuadindo a obra prima: cada um com uma graça, com um traço inconfundível, com um cheiro primoroso, com um olhar inesquecível...homens mutantes ao sol...

Na plataforma, o mundo serpenteia, cambaleia, mas a base do outro é a plataforma, segura, porque por eles a gente olha, sustenta e sempre, muito sempre, toca...

Que bom quando o outro vem e pede pra ficar e pra falar e pra ouvir...dá uma impressão, não muito ligeira, real, de que o mundo só é inteiro se tiver o outro agindo e interagindo, dominante no seu espaço. Isto faz com que a nossa realidade não seja tão em vão e, que, os nossos argumentos tenham prioridade em estima à afetividade do SER: quão constante é em primazia...









Cotidiano





Tem um fato tão azul no céu,

estrelas de mel beijam-me à boca no crepúsculo.

Tem um fato na terra, tem uma luz,

tem uma cruz na direção de Deus.

Homens vagueiam.; serpentes sobem à corda bamba.

Há assobios pelos lados, do sul e do norte.

Há sorte nas estradas: caminhões que descem morros,

que sobem...

Tem um fato na moita inconsciente,

tem gente doente blasfemando.

Chamo o meu nome.

Tem hora marcada pra ilusão derradeira.

Tem poeira embaixo do sofá.

Tem panela na pia pra lavar...

Tem montão de coisas pra fazer, pra falar,

pra se danar com a vida.

debaixo da escada estão a vassoura e o rodo e

o lodo do ontem, olhando-me em fresta...

Chamo o meu nome:

- Respondo!



























Desvendei a cortina da tua boca e, ali, logo me vi enredado.

Beijei-te os dentes da alma defronte o açude: um poço de lama, um poço de néctar, invadindo a minha cama.

Desvendei o olhar debruço ao travesseiro.

Primeiro, eu tive medo.; depois, causei...

Eu sei que muitas coisas ficaram pra este depois, mas me dei a solavancos tão especiais que, aos mortais, me igualei em dias de festa. Desvendei a cicatriz do tórax e nada mais eu quis...estava ali o passado da aurora, com o mesmo significado: meu corpo já havia amado, mas pra minha alma era a primeira vez...













































Coqueluche





O outro dentro de mim sangra o dia...

não me importa o que ele faz,

o que ele traz, o que ele tem por fazer...

Eu sei que ele me percebe, porque eu me expresso.

Sou um sentido na reta e na curva e, sem luvas, faço bem feito. Por exemplo, quando eu quero, esperneio até que consigo.

O outro tem argumentos que só ele sabe:

O que ele quer eu tenho.

O que ele dá eu dou.

O que ele busca me chama.

O que eu vendo ele compra...

O outro dentro de mim arrasa à noite.

E, o verso de quem ele ama me toca.

Então a boca que ele beija me possui...

Sem querer ser o que eu não sou, já não sou e,

não sendo o que eu não fui, nunca fui...

não me importa se vão dizer-me besteiras ao passar, eu passarei, tanto quanto, ele passará...

Lembrarei dos seus versos, ao ponto de ele lembrar dos meus. Não vou cobrar pelo esquecimento, nem o surgimento enfadonho de mais outro...o meu lugar é o meu lugar e, onde quero estar, devo estar, porque imagino o meu amor assim: platônico e perto de mim, de estrelas, de fontes, de lugares que ponho os pés e a mente, qualquer nascente de um rio...















Alma gêmea





Nunca dei importância a você, porque você não tinha nada de diferente.; a não ser a definição incerta do próprio entendimento. Mas, apesar de tantos desencontros, o espelho estava ali, sempre à minha frente, mostrando que, os meus olhos não têm cor, meus cabelos não possuem brilho, minha boca não beija sozinha...

Tudo o que falta para o meu contraste ser perfeito é a imaginação da consideração de alguém, principalmente, a minha própria consideração. Por isso, denominei-me alma gêmea! Passo horas sozinho na carência deste você que sou Eu, e que é Deus: ponto de referência das minhas culpas e do meu perdão. Consigo administrar este Eu, que não é nem um pouco narciso por ser você, mas que na essência, medita à comunicação com todos os outros. Descobri, pelos fatos, que, há mediunidade recíproca coabitando à magia das palavras. Sempre será positivo o momento de provação que passamos.; provação esta, que só é a definição de ser na fé do que se tem. Alma gêmea é consolo, caridade abrangente que o sentimento resguarda para a ausência de tudo. Se você me percebe é sinal que compreende Eu, e ainda sabe de Deus na sua compreensão. Tentar provar a alguma coisa é não crer naquela própria existência! Não se prova a você, ao Eu, a percepção, a indagação, a alienação, a Deus, ao ser...simplesmente, a nada da imaginação: tudo de uma existência é razão concreta deste estado vivido. Você está aqui onde não só eu lhe percebo, e esta parte da minha compreensão faz do meu Eu ressonância de Deus. Estou com você, minha alma gêmea, existindo para o que a eternidade chama de história, e não me importo que haja desigualdade às interpretações da vida e das palavras... Pode estar na vida o amor que não vivemos, mas, certamente, está no amor a vida, a outra parte de nós, fazendo, nos seus mistérios, o que pode ter interpretação: o coração dá juízo ao coração!



















Deus me acuda no amanhecer...

Será que o meu amor vai acordar dizendo que me ama?

O que será que vai dizer dos seus sonhos, da sua noite, da sua luta, da saudade do meu corpo...?

Quero ficar mais um pouco do seu lado.

É tão estranho o olhar do bem que satisfaz...não há nada igual que possa ser normal.

Que coisa amarga e intolerante é o tempo: há tempo pra tudo...

Por que não é eterno só este momento, diante dos meus olhos, dormindo, sereno, sereno...?



















Perdoa-me, se não fui capaz...

Quem é que pode ser capaz de alguma coisa?

Não posso morrer pelo teu amor, foi ele que me deu a vida.

Os amantes sobressaltam à certeza.

Acho que morrerei dizendo que te quero, e dizendo-te adeus...





















Uma vez quis sonhar.

Sonhei espaços em branco, o vazio dos olhos...

Uma grande sensação de ternura veio me invadir o agora.

Despojei-me da indumentária, só há um rosto para mim, o mesmo que você.

Um vez quis ser tão próximo da realidade, mas ela não existe, você não existe senão nos meus sonhos...

Sonhei debruço ao sol, as mãos no rosto, a face nua.

O mundo vem embolando o prazer do desejo: mundo que percebo, mundo que escorrego, mundo que me entrego.

Há coisas que não disputam equivalência.

O coração tem pressa de pertencer e de ser livre para amar.

Se quis sonhar, quis viver...o meu peito batia, havia alegria mesmo nas canções mortas.

Abri as portas para a vida. Na varanda a luz do sol, flamejante, aquecia meus sonhos...







































De manhã, falta um pedaço no horizonte: a ausência de um olhar que não o percebe. Detrás de cada morro, a equivalência da febre premedita o socorro.; eu vivo onde tu estás: de manhã, detrás dos horizontes...

Um impulso, um gosto novo no paladar é a sensação de se abrir as janelas.; de ver o povo indo para o trabalho, de ver o novo repetindo o passado...isto é o futuro, fazer o mesmo, diferente, dos que já o fizeram.















Não sei se apaixonei-me com os grilos ou com o canto, disperso no avesso, a melodia que sopro se perde com o tempo...







Se o homem busca pelo homem, encontra a Deus.; se busca por Deus, encontra o homem.









As pessoas que não têm intenção de não fazer nada estão sempre surpreendidas pelo acaso.















Em cada coisa que se faça é preciso por sentido. A vida é como metáfora: eqüivale a alguma coisa...

A gente aprende aos pouquinhos do que precisa ensinar e, como deuses, nos resguardamos nos próprios sentimentos.

Vendemos a alma ao coma, ao álibi, à sangria do sol.; somos os dementes, somos o poente, somos a felicidade e o faz de conta...É preciso olhar nos olhos do outro, como vitrines, a face do nosso amor e dar um tempo, imediato, para que a solidão afrouxe do peito e dê vazão à vida, sem culpas, daquilo tudo, que povoa...





















































Amor de verdade





Quando alguém não consegue interpretar a verdade, degusta da mentira. Fico pensando porquê o olhar do meu amor percorre o infinito no horizonte... E, o labirinto da face, em trágico esplendor, sorri, sem detalhes de aparência e igualdade.

Já quis me conter, desbravadamente, da imposição de ver, a todo instante, seu olhar de glória em meios a pecado. Algo em mim é tão esporádico...acontece à meia-noite, vagando na sala: insônia. O corpo em bicas, em chamas, escaldado de suor, em prantos. Há delírios que não se apagam como sombras, vêm em luz romper a face da estima. Sinto resplandecer que, o toque que falta é questão de momento, e que a masturbação psicológica irá gerar filhos no desejo...

A verdade conota o câmbio da luz entre as folhagens, entre os lábios que se entreabrem para o beijo.; e, deixa, com o acaso, a sensação acesa do instante de cada ilusão.

Preciso embrenhar na comodidade de estar único no pensamento, mas falta a dinâmica de absorver um só contexto: cavalgo o medo e a volúpia, num disparate... Sei que vou, a qualquer hora, pertencer ao inusitado que me aguarda. Pressinto já, o que é hilário e o choroso, que também é cômico, palco da vida. Já passei a me conter com a nudez, com a fome, com a secreção e com a baba farta dos mortais, inúmeros impulsos voláteis...

Pra onde vou é o mesmo lugar que me resguardo, e tem plenitude de viver, alienado, perambulando com o amor eterno, à sensação inteira dos seus braços...



Márcio Silva



























Interpretando a felicidade





Todo dia, a Felicidade me pergunta se eu a quero. E, no vacilo do que eu quero, jamais respondo... Ela vem me acarinhando como dona de uma situação que só ela sabe.; com pretextos, me invade. E, de novo, eu calo, com o verbo entalado na garganta: onde o amor esconde as suas garras, eu me rasgo. Na expectativa de conhece-la melhor, eu busco, a ordem, a desordem, a origem da vida. Interpreto o átomo e o descaso do Ser, mesmo sem saber, acho: todos nós queremos alguma coisa. Não vale atentar-se ao pudor e pensar viver de êxtase de poder.; toda vida é fantasia de escárnio que não se contempla. O que está em nós é tão absoluto que é o mesmo que nós, na compreensão do que subentende. Os valores que adquirimos são a única interpretação da necessidade que nos conforta, e sempre tiveram conosco, interagindo, no ativo e no passivo, no masculino e no feminino: na transcendência que intercala, sem nome. Não há o porquê de admirar-se com a brisa e fascinar-se com a luz...nenhuma beleza subtrai ao homem e que por ele, não traduz...

A Felicidade não é meiga, não coloca "panos quentes", não redime a culpa, não sufoca com o amor...

Interpretar-se-á o coração uma vez, e, dele, dar-se-á o sustento, de cada instante.







Márcio Silva



















Olho o céu de acordo com o instante. Um relampejo de estrelas, um clarão de luar faz deixar a noite tão elegante. As luzes pardas de neom afrontam a paisagem, ainda mais beleza...

E, pode se vê, no que caminha, o rosto vermelho e os olhos brilhantes a procura do Ser, serpentinas...

Os amantes, distantes, rolam na grama, e a cama empoeira de néctar, de abelhas e de flores de banheira.































































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