Pablo Vittar na Lata de Coca-Cola
Estamos na primeira semana dezembro e um assunto que despontou, nestes últimos dias nas redes sociais e nas ruas, é o retrato do artista Pablo Vittar nas latas de Coca-Cola.
Ontem peguei o ónibus e tinha uma jovem tomando um refrigerante destes. De repente, uma criança de uns cinco anos de idade, virou para a mãe e disse:
- Mãe, a Coca-Cola está imitando as embalagens de cigarro mostrando pessoas que ficaram doentes por causa dos produtos que consumiram.
Então se eu tomar este refrigerante corro o risco de ficar igual ao Pablo Vittar. Acho que desistirei de tomar Coca-Cola. Afinal não quero virar um homem que tenta imitar a Barbie.
A mãe ralhou:
- Não fale besteira, menino!
Logo, um idoso se intrometeu:
- Antigamente, na época de Natal, a Coca-Cola colocava figuras de renas e bambis. Agora, deram de mostrar o tal de Pablo Vittar de uma vez...
Deste jeito pensei:
- Que homofóbico e preconceituoso!
Ao descer do ónibus refleti:
- Talvez o fato da Coca-Cola colocar o retrato do Pablo Vittar na lata tenha uma mensagem subliminar. Pois o Capitalismo deseja enfiar a cultura de consumo goela abaixo nas pessoas.
Tenho saudades do refrigerante Crush. Pois era a única maneira dos meus crushes provarem do meu beijo. Afinal todos os meus amores foram platónicos. Este refrigerante vinha até com um pouco de bagaço de laranja, onde cada gominho representava um amor não correspondido que tive.
Também lembro com nostalgia de artistas como: Ney Matogrosso, Rogéria, Isabelita dos Patins, Cazuza, George Michael e banda Queen.
Porém reconheço que Pablo Vittar tem uma graciosidade que chama a atenção da nova geração.
Luciana do Rocio Mallon
