Sabe o tal nó no peito? Aquele vazio que dá vez em quando e você não vê de onde vem o vento? A sensação de queda sem abismo, do sonho que se relembra acordado, do muro que veio para cima, do mar de sargaços que engole você? Sabe aquela sensação de ter perdido alguém que nunca mais, algum beijo que nunca foi, algum carinho que jamais teve, um elogio que nunca houve? Sabe aquele cansaço que bate depois de uma noite em que se sonhou a noite toda que se erguia uma pedra aos ombros só para que ela rolasse morro abaixo?
Sabe?
Sabe de nada, inocente. |