Um sitiante mineiro lá da Zona da Mara vivia de uma pequena plantação de café, ajudado pela mulher e dois filhos, o Zé e a Maria.
Quando ficou viúvo o sitiante chamou os filhos e comunicou que ia viver a vida em Belô, pedindo a eles que, cuidassem da plantação de Café para o custeio da família.
Um certo dia Zé e Maria estavam tentando arrancar um pé de café bichado de praga, e por descuido dos dois o toco depois de arrancado da terra espetou no pé da moça atravessando de lado a lado.
Veio gente de longe para tentar tirar o pau do pé da moça. Mas, era tanta dor que não conseguiram.
Desesperado Zé foi até a cidade, e no correio falou para a atendente que queria mandar uma carta para Belô avisando o pai do sucedido.
— Oi moço! Esse trem de carta demora muito pra chegar. Porque ocê não manda um telegrama?
— Custa muito caro e eu não tenho o dinheiro. Disser Zé.
— Perai. Disse a moça. A gente abrevia o texto pra ficar bem baratinho.
E, assim, seguiu o telegrama:
“pai... Maria furada... pau não quer sair... dói muito... que faço?