Conforme visto no capítulo “COMO SURGIRAM OS GRANDES MILAGRES DE YAVÉ”, todos esses prodígios não passam de criação de Josias e seus escribas. Mas a influência desse maravilhoso conto foi decisiva para manter o povo unido e com uma fé inabalável. Ademais, tudo isso é a raiz central do poder do cristianismo, com o predomínio da fé em Yavé como o único deus verdadeiro.
Como o povo tinha uma história de grandes milagres e grandes homens que falavam diretamente com um grande deus, ou melhor, o único deus verdadeiro, deus que teria prometido que aquele povo seria uma nação numerosa com as estrelas e seria “posto por cabeça e não por cauda”, sua fé fortaleceu de tal modo, que ainda que vivesse sempre sob domínio de povos que acreditavam em outros deuses, nunca morreu a esperança de um dia o povo eleito de Yavé vir a instituir um reino perpétuo sobre todo o mundo.
Antes mesmo dos dias em que Josias aplicou o golpe do encontro do livro da lei de Yavé dada a Moisés, profetas tinham visões de um “messias” (ungido) que deveria derrotar todos aqueles idólatras e estabelecer um reino eterno, abrangendo os quatro cantos da Terra (acreditavam que a terra fosse plana e quadrada).
Passado o domínio assírio, embora a previsão fosse de que o messias deveria derrotar o rei da Assíria, veio o período babilônico.
Nabucodonozor arrazou aquela nação dita eleita do deus, destruindo sua cidade santa, mas não destruiu a sua fé. A esperança na vinda do messias permaneceu. Acreditavam que ele viria destronar Nabucodonozor.
A grande Babilônia caiu nas mãos dos medo-persas. Esses foram até benévolos com o povo de Yavé, mas não poderia o conquistador persar ser o messias. O messias seria um rei nascido em Belém, um descendente de Davi.
O Império Medo-Persa durou pouco também. Veio Alexandre, o Grande, e a famosa Grécia tornou-se a dona do mundo de então.
Mais uma vez, aquele povo especou sua fé na promessa do “messias” belemita, que deveria acabar com o poder grego.
A Grécia também não suportou as pressões externas, e a férrea Roma chegou poderosa, como um bicho de sete cabeças, consoante escreveram alguns cristãos.
Nos dias de Roma, de quando em quando surgia um dizendo ser o prometido “messias”, e seu fim era a morte. Até parecia que Roma era imbatível. Mas para os hebreus, não; o messias deveria vir e eliminar aquele império abominável.
Entre os vários que surgiram dizendo-se o prometido messias, destacou-se Jesus de Nazaré. Ele foi morto, como outros, mas uma nova doutrina surgiu, textos do chamado Velho Testamento foram adaptados a ele, e um novo fundamento surgiu para a espera do reino eterno. Jesus teria morrido para pagar os pecados da humanidade, mas teria sido ressuscitado dentre os mortos, e retornaria algum tempo depois para estabelecer aquele reino predito havia quase um milênio.
O PREDITO MESSIAS E O CRISTIANISMO
A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL
|