1.833 – Inventores Brasileiros

Só escrevendo, agora com música e os problemas do dia a dia longe, inicio com o assunto que não se esgotou, que eu disse que retomaria numa próxima. Eis, então. Com a ajuda da página consumidormoderno.com.br, temos mais de inventores brasileiros, começando com a possibilidade da fotografia ter sido inventada no Brasil com um método diferente, em mil oitocentos e trinta e três, por Antoine Hercule Florence, um francês que viveu aqui muitos anos. Antoine desenvolveu uma chapa de vidro tratada quimicamente que capturava imagem e depois podia passar para o papel; utilizou-se de vários experimentos, incluindo até o uso de urina para fixar imagens. Feito pouco reconhecido por décadas, até Boris Kossoy revelar a façanha em seu livro sobre o tema. Eu nunca ouvi falar disso.

No entanto, o coração artificial é coisa nossa. O engenheiro mecânico Aron de Andrade, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo, elaborou essa salvação para os cardíacos no ano de dois mil, que é ligado ao coração natural e alimentado por um motor elétrico. Eu nem quero passar perto disso, por favor. Também o painel eletrônico foi uma ideia de Carlos Eduardo Lamboglia, que criou o painel mais usado em todos os jogos de futebol televisionados. Em mil novecentos e noventa e sete, ele patenteou a criação e na Copa da França foi usada em todos os jogos do evento. Não adiantou nada, pois perdemos a Copa na final com a França, três a zero para eles.

Morro de medo, mas a minha filha já programou um voo num deles. Trata-se do balão a ar e foi Bartolomeu de Gusmão quem observou que o ar quente é mais leve que o ar exterior e com essa informação seria possível criar um veículo que pudesse levitar. Em mil setecentos e nove criou a Passarola e o exibiu para a corte portuguesa, o aparelho subiu quatro metros de altura. Ele nasceu em Santos e foi cognominado de O Padre Voador. Em Piracicaba tem balões disponíveis para voos dos corajosos, menos eu. É claro!

Hoje em dia não é tão novidade assim, mas em mil novecentos e trinta e dois foi uma descoberta e tanto. José Braz Araripe foi o engenheiro mecânico que inventou o câmbio automático, ele criou o protótipo e o projeto do câmbio e vendeu para a General Motors, que em mil novecentos e trinta e oito produziu o primeiro carro hidramático.

E como fica a embreagem, uma das aulas que o meu pai mais me dava. Fião, escute o motor, pise na embreagem, leve pro ponto morto, mais uma pisada na embreagem e coloque a marcha. Nos Mercedes eu não errava, mas no Scania era um fiasco só, principalmente quando precisava mudar de caixa. Agora o pé esquerdo fica quietinho perto da porta, sem necessidade. O dó.

Apesar das muitas contestações dos americanos e dos Irmãos Wright com essa invenção, Alberto Santos Dumont, em mil novecentos e seis, decolou com seu famoso 14 Bis em Paris num voo de aproximadamente duzentos e vinte metros. Foi a primeira exibição pública de uma aeronave voando a essa distância, o que o tornou conhecido em toda a Europa como o inventor do avião. Sem contestação, Santos Dumont pode ganhar o mérito por outra engenhoca, o relógio de pulso. O Pai da Aviação pretendia cronometrar o tempo de voo dos seus aviões e como, naquele tempo, os relógios ficavam nos bolsos, ele tinha dificuldades em tirar constantemente o relógio. Assim, encomendou ao joalheiro Cartier um modelo que ficasse fixo no braço e facilitasse o controle das horas.

Eu não gosto de bichos venenosos e graças a Vital Brasil, um imunologista brasileiro de renome internacional, o soro antiofídico foi criado em mil novecentos e três e depois cinco anos criou também o soro para picadas de escorpião, além de soros para venenos de aranhas em mil novecentos e vinte e cinco. Mesmo assim ninguém me convence a facilitar para esses bichos e hoje mesmo taquei veneno numa aranha. Fuja.

Bem, sobraram mais nomes, porém neste domingo de vinte e cinco de seis de dezessete, ouvindo uma coletânea “Best Female Country Songs” encerro e até mais.