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Cartas-->Queda do Muro de Berlim: Depoimento de um alemão -- 09/11/2009 - 09:46 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caros do Grupo,

no próximo dia 9 de novembro, segunda-feira, estaremos comemorando uma data especial, para mim ainda mais, pois assim boa parte de minha família finalmente conquistou a liberdade 20 anos atrás, sem a necessidade de fugir, arriscando e mesmo perdendo a vida. Sob o socialismo vivia-se, como se vive ainda hoje em Cuba e na Venezuela, em um estado policial e de delatores, Não era como Cuba, cercada por tubarões, mas por cercas e pelo famoso Muro da Vergonha, onde falecerem dois de meus primos, na tentativa de buscarem a liberdade: http://www.chronik-der-mauer.de/index.php/de/Start/Index/id/593792, um deles oficialmente, consta nas estatísticas oficiais.

A DDR era uma parte sem liberdade da Alemanha, lá procuravam, de todas as maneiras fazer com que o socialismo, o internacional-socialismo, desse certo, mas não conseguiram, criaram um país fadado ao fracasso. O que acabarm conseguindo, tornou-se economicamente falido, ambientalmente falido, pois até hoje são eliminado passivos ambientais. Felizmente podemos comemorar e muito, já comemoramos 20 anos seguidos, Felizmente.

Eu tive a oportunidade de ver na prática e comparar o desempenho de dois sistemas. Um "país" que era tratado pela República Federal da Alemanha, que reconhecia que o lado Oriental socialista era uma verdadeira prisão política, formada por presos políticos e que assim que fossem libertados do jugo socialista adquiririam a liberdade. Foi o que ocorreu, felizmente o Muro caiu e milhões de alemães presos atrás do muro, que era uma vergonha, ou atrás da "Cortina de Ferro", onde residiam muitos de minha família, conquistaram a liberdade.

Quando visitei a DDR, vi como a miséria é produzida, por conta do socialismo em ação, a conta-gotas e atinge a sua imensidão na medida em que a liberdade é retirada das pessoas. Tal qual muitos esperam que ocorra no Brasil. Um bando de ignorantes e idiotas, acreditam na ilusão, que nem ao menos conhecem a história. E é importante dizer que a DDR era tida como o melhor exemplo do socialismo posto em prática. Era o país natal de marxistas famosos, como o próprio Marx. E mesmo recebendo ajuda economica consideravel do Ocidente, deixada pelos alemães que visitavam o lado Oriental, uma ajuda compulsória, pois eram obrigados a fazerem uma conversão de 1:1 entre os dosi Marcos, quando o Ocidental valia 15 a 20 vezes o valor da moeda do lado Oriental. E diga-se de passagem a balança comercial da DDR era superavitária para com os demais paises do Oriente, a União soviética em especial.

E este processo se verifica agora também na Venezuela e que por conta do Foro de São Paulo querem nos impor a ele também. É neste sentido que lhes apresento um excelente artigo, de um economista, um economista não-governamental, como definiu muito bem o Professor Kanitz: http://www.kanitz.com.br/veja/pais.asp e http://www.kanitz.com.br/veja/faltam_engenheiros_governo.asp

Felizmente os antigos alemães orientais atualmente, quando muito, vivem a "nostalgia" daquela época, muitos guardam inclusive fotos, objetos e seguramente um pequeno pedaço do "Muro de Berlin", para que possam contar aos seus filhos e netos que um dia aquilo foi real, um pesadelo vivido por milhões de alemães, e não apenas uma ilusão política que os atoleimados pregam, para que nunca mais venham a ser iludidos por políticos inescrupulosos, que desejam trazer o céu aqui na Terra e apenas conseguem produzir o inferno. Procuram viver o seu "Adeus Lênin", o do filme, obviamente, o qual indico aos socialistas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Good_Bye,_Lenin!

http://www.good-bye-lenin.de/

Estas quatro décadas (de 7 outubro 1949 às 24h de 2 Outubro 1990) não foram o pior período para os alemães, mesmo para aqueles que viveram sem a liberdade, sem perspectivas de realização profissional, sendo continuamente vigiados e que não poderiam transpor o "Muro de Berlin" ou a "Cortina de Ferro", também chamado de Muro da Vergonha para visitar parentes ou outros lugares do mundo, que não fosse Moscou e algumas capitais detrás da cortina de ferro, e mesmo assim com a autorização "governamental".

Infelizmente os alemães tiveram algo pior, muitos viveram sob o regime nazista, melhor, sob o regime nacional-socialista, doutrina e partido do movimento nacional-socialista alemão fundado e liderado por Adolph Hitler (1889-1945), este partido curiosamente denominava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou NSDAP), viveram e sofreram o bombardeio de Dresden, um dos acontecimentos mais vergonhosos da 2ª Guerra realizado pelos inglses e norte-americanos, sobre o qual ainda hoje se mente muito, em especial quanto a razão do mesmo e ao número de mortos e feridos, ele que foi responsável por um número de perdas humanas muito superior às duas bombas atõmicas, a de Hiroshima e a de Nagasaki, que como lá ceifou e mutilou vidas na sua maioria de crianças, idosos e mulheres, incluindo alguns parentes meus. Outros mais antigos viveram o expremo da pobreza que se gerou com no fim da 1ª Grande Guerra.

Desde 1989 comemora-se a vitória da liberdade, "den Fall der Mauer und die deutsche Wiedervereinigung". A queda do "Muro da Vergonha". Mas não me sai da memória a minha convivência em um país socialista. A maioria dos membros de minha família, depois da tragédia do nacional-socialismo, ficaram reféns de outro regime totalitário, o da DDR, comandada pelo seu SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands (Partido de União Socialista da Alemanha) o "partido" da DDR - Deutsche Demokratische Republik (República Democrática Alemã), que de democrático não tinha nada, era uma verdadeira ditadura, coisa própria dos socialistas que objetivam retirar a liberdade das pessoas, em especial a de empreender.

Mas a antiga DDR não é uma maravilha, é um mundo real, não imaginário. Para muitos a Alemanha atual é cruel, para os que faziam parte da Stazi, para os parasitas sociais, para os que faziam parte da Nomenklatura, para, ... usw.. Razão pela qual ouvimos ainda hoje críticas à unificação e críticas ao capitalismo.

Abraços,

Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
Skype: gerhardboehme
Curitiba - PR

"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)

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