Com referência a sua primeira crônica do milênio (Direito de escolha - 01/01/2001), tenho a lhe dizer o que segue:
Fique tranqüila, amiga. Isso não é radicalismo, isso é escolha. As opções estão aí e nós escolhemos o que nós queremos e o que nos faz bem. Eu também fico, às vezes, com o televisor desligado por dias e dias sem querer saber o que eles falam, e olhe que tenho 86 canais para escolha! Para mim é mais importante pegar um livro ler e reler o que me dá prazer. Ou pegar um papel em branco e rabiscar um poema ou uma frase. Faço a minha escolha. Não deixo que os donos da mídia comandem os meus momentos ou os meus pensamentos. Se apreciar as cores de uma flor ou os raios do sol batendo e refletindo na neve branca na minha janela glorificam os meus minutos de vida, prefiro isso a me embebedar de cores e luzes artificiais de um televisor. Se o som do silêncio é mais melodioso do que qualquer axé music ou pagode repetitivo, fico com o
primeiro sem sombra de dúvida. Lógico que, quando quero, ligo o aparelho e vejo o que quero para me entreter, me informar e mesmo para tomar uma diretriz neste mundo tão cheio de informações. Não me considero um radical com isso. Estou no comando da minha vida, isto é o mais importante.
Bons escritos e muita poesia por todo este milênio que se inicia.
Abraços
Fernando Tanajura
