Padre Bidião resolveu ir ao encontro do corretor de imóveis para ajustar os detalhes do contrato de compra do imóvel que será a nova franquia do Mosteiro Bidiónico. Viajou a Recife que por ser a Veneza brasileira, suporia estar mais próximo de Roma, muito embora lá também tivessem vários Mosteiros, sem entretanto comungar com o modelo progressista Bidiónico com idealizações de uma jornada à Marte.
Mas sabia que a cidade por ser eclética, tem muitos atos ecumênicos que em nada interferem na rotina dos cidadãos. Pois bem, o preço a ser pago por conta do empréstimo tomado ao FMI, com pagamentos de parcelas a perder de vista dos antigos colonizadores que só enxergavam florestas e ainda hoje m, muitos ainda tem o olhar comum de uma enorme floresta de Mata Atlàntica.
Assinado o contrato de compra da sede do novo Mosteiro, Padre Bidião recrutou a Major Lalá para uma inspeção previa pós-compra do imóvel. Lalá só sabia inspecionar com o binóculo que herdará de seu bisavó quando fugiu de Napoleão e se casou com uma jovem indígena. Como o binóculo era muito antigo, só dava pra ver através de uma lente todas as possíveis avarias do prédio. Como supersticiosa, tratou de lavar todo o chão com água e sal grosso e defumar o ambiente com alecrim e arruda pra espantar os maus olhados. Terminada a cerimonia de purificação, Padre Bidião começou a aspergir com água benta todos os móveis e quartos. O corretor havia ido embora há horas satisfeito com o lucro ganho.
Após todos os serviços eclesiásticos paranormais, é a hora de dar continuidade ao registro do imóvel para a partir daí decidir o Bidião, o eunuco e a Lalá substitutos desta nova franchising.
A hora é estar atento aos detalhes sobre a nova comunidade que logrará todas as benesses e reverses que couberem com a tática de manejo rotativo.