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cronicas-->Tempos -- 26/06/2001 - 14:27 (Mastrô Figueyra de Athayde) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meia-noite e vinte sete minutos. Estou em meu quarto, ouvindo a nostálgica música "Primavera", do saudoso Tim Maia. A canção até que veio à calhar com a série de pensamentos que cercam a minha mente, principalmente com relação ao tempo.
Há principio, o tempo representa muitas possibilidades, que podem ou não estar relacionadas, sendo vivenciadas em nosso cotidiano.
Já estou sem tempo, com a conotação de horas. Bendito inventor da ampulheta, senhor das horas, que faz com que as nossas vidas se tornem mais complicadas, tendo sempre um relógio como o imediador de nossos atos e limitador de ações.
Nas horas que cercam a dura jornada do dia-a-dia, posso sentir um tempo novo no ar. A brisa que bate em meu mal tratado rosto, já é possível sentir que o vento que corta os poros já são de outra estação. O tempo muda com a mesma intensidade das paixões; indomável e sem controle o tempo passa, trazendo mudanças. Toda mudança brusca costuma preocupar, mas o certo, é que este ciclo sempre tem por objetivo o bem. Como sempre o bem nunca é totalmente compreendido, o tempo costuma ser recebido por algumas indignações, como se ele tivesse que ser totalmente perfeito. Era tempo da perfeição, como se a perfeição existisse forma. Nada é perfeito, as pessoas que à transformam estranhas, como em uma transfiguração do ar rarefeito, que toma parte dos pulmões e em uma fração de segundo, nada mais existisse. O tempo seria contada com o tempo de velhos tempos, já dizia o velho sábio chinês, tendo ao seu lado uma enorme ampulheta de areia branca com os dizeres escritos em velhos pergaminhos do tempo da Arca de Noé.
Ando sem tempo para comprar um novo caderno de anotações e muito menos tempo para poder viajar. O salário só sai na semana que vem. Quem disse que tempo não é dinheiro. O tempo passa e eu não ganho tempo, tendo como consequência a falta de tempo para comprar o meu novo caderno de anotações. Pensando bem, preciso de um marcador de tempo, ou melhor, um relógio, para que eu possa ser novamente escravo do senhor do tempo. Bendito seja o inventor da ampulheta. Perdi o começo do jogo de futebol, sem tempo para assistir, não vejo o gol do centroavante Tempo, marcado logo no inicio do primeiro tempo, cujo tempo não é preciso, já que estou sem o marcador de tempo, ou relógio. O tempo está mudando e deve chover. Se der um tempinho, antes de chegar no estádio, vou até a concessionária Tempo, ver meu Tempra. Mas como estou sem tempo, devo dar um tempo em casa, para ao menos temporizar por algum tempo ao lado de minha família.
Agora já são meia-noite e cinquenta e cinco. Estou com sono e vou dormir. Gastei um pouco de tempo, ou melhor brinquei com o tempo, para poder lembrar um dia do tempo em que eu era apenas um rapaz latino americano...

Mastró Figueira de Athayde é cronista e relojoeiro

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