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Poesias-->faz-te de amigo e me farei contente -- 22/12/2001 - 19:01 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não me fale de amor, de madrugadas úmidas.

Sei de tudo que atravessa a alma

e assola o corpo com gritos do infinito.

Não me fale de murmúrios, eu os escuto

porque lembro, em pele e ouvidos,

Uma paixão que me roubou os dias.



Agora, não quero amar além dessa lembrança.

É que tenho essas marcas palpáveis,

risonhas, são marcas que cultivo.

Ainda são minhas.



Hora dessas, se esvairão,

mas como saber o tempo que isso leva?

Hoje não dá, estão aqui, visíveis,

em carne viva e algum perfume.



Ai, como eu queria dar-te a boca

ao beijo fatal do esquecimento.



Hoje não posso,

Não é de mim fingir o que não sinto.



Mesmo teus lábios sendo um convite terno,

Mesmo tua voz, mansa, ao ouvido,

Mesmo teus braços fortes e alma linda,

Não te posso dar o que não tenho.



Esse meu corpo já não me pertence,

É de alguém que anda tão distante,

Mas sua lembrança é doce e quente

e é tão viva, tão forte, tão presente,

Que me toma por vezes, horas a fio,

Como estivesse ao meu lado novamente.



Anda, aquieta-te, que se não te beijo,

Não tenho culpa, não é por mim,

É apenas e somente

porque dona não sou desse meu corpo.

Não sendo dona, como usá-lo,

Como dele fazer uso para amar-te,

Como se fora meu, o corpo, novamente?



Talvez não devas esperar-me.

Nada de triste em mim, por esses dias.

Tua espera exarceba-me, entretanto.

Faz-te de amigo e me farei contente,

Com os meus versos, meus sonhos

e as lembranças.



22/12/2001







































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