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cronicas-->1950 - Gírias -- 28/04/2017 - 11:36 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1.950 - Gírias
Das minhas leituras semana passada encontrei também um texto chamado "A evolução das gírias", que achei interessante e são as mais usadas desde a década de cinquenta, algumas delas valendo até hoje. É de Roosevelt Garcia, está no site vejasp.abril.com.br/blog/memoria, confirmem lá e ele diz que as gírias enriquecem a linguagem e não se sabe como surgem, entre outras considerações.
Dos anos cinquenta, temos - bagunçar o coreto, que é arrumar confusão; dor de cotovelo, até hoje e que diz da inveja que se sente de outrem ou de alguma coisa. Quando você disser que está a maior fuzarca é que a situação é de uma farra geral. Um rapaz efeminado era chamado de Mandrake, não mais usada e homofóbica que só; marcar touca ainda se ouve e significa deixar passar uma oportunidade, já um homem atraente era um tipão. Se não entendeu patavinas, não entendeu absolutamente nada e ainda quer se exibir, tirando uma chinfra e se continuar a se exibir, você está a charlar e não seja um estróina, um gastador. Na boca de espera, o sujeito está quase conseguindo.
Mais dez anos e já nos sessenta olha que bacana, o mesmo que tudo ótimo, tudo legal, menos se o motorista for um barbeiro, muito ruim. Depois de uma fechada - Ó seu barbeiro! O barbeiro se desculpando já passaria por um batuta, uma pessoa boa, podendo chegar ao bicho, um grande amigo. Roberto para o Erasmo - E aí, bicho, papo firme? Wanderléa era um broto, garota bonita cheia de borogodó, o maior charme da patota, a turma toda. Boa pinta era o Ronnie, com um cabelão, que deixava ele mais pão ainda. Bonito!
O Tim por essa época andava na maior pindaíba, sem dinheiro, mas já era prafrentex, moderno e meio lelé da cuca, doidão. No entanto, um chapa pacas, muito amigo por assim dizer. Não chegava a ser duca, pois dava mancada demais; era de lascar, às vezes. Duca, advindo vocês sabem do que, significava excelente e de lascar era complicado demais.
Naqueles anos, de lascar mesmo era levar uma tábua, quando a menina não aceitava dançar de jeito nenhum, ainda mais se você fosse um cafona, ou um quadrado; fora de moda e conservador. Um carango sempre ajudava a melhorar o seu papo firme, porém se você fosse o rei do papo furado, aí nem pensar. Está morando? Não, então você não está entendendo nada, o que não está brasa, não está legal.
Se até aqui entendeu bulhufas, não entendeu coisa nenhuma e precisa morar mais no assunto, portanto sebo nas canelas, ou seja, apresse-se na leitura para entender. Não é assim tão fogo na roupa, não é complicado, nem de difícil solução. Não dê um esparramo na minha crónica, não a dispense, é só um coroa a escrever. Coroa era toda pessoa de mais idade, ou seu pai; assim, ó - Tudo duca? Não, meu chapa. Meu coroa está muito quadrado e não me libera o carango para eu ver o meu broto.
Maior barato era a Seleção de setenta, coisa boa no futebol e só fera! Falou e disse. Chuchu beleza! Concordando e acrescentado que era tudo certo mesmo. Nem precisava ser bidu, pois era barra limpa falar dos feras. Bidu era o adivinhão, que entrava pelo cano, quando não estava por dentro; se dava mal, por não estar bem informado. Exemplo de fera era o Pelé, falei e disse, sem precisar ser bidu.
Se só tomasse Coca-Cola, deixando o Guaraná de lado, imediatamente seria um Boko Moko, segundo propaganda da Antarctica. Um ultrapassado e talvez um chato de galocha. Um careta não era um figura, pois conservador não é excêntrico. Tá a maior barra pesada lá no trampo, o chefe é o maior careta, um chato de galocha. O nada fera, comentando com a patota sobre o seu trabalho, esquecendo-se que ele é que andava desligado e nunca por dentro das atividades, forçando a barra com os grilos, podendo pagar um sapo enorme, ficando com a situação muito russa. Bem, nesta sexta, vinte e oito de quatro de dezessete, trabalhando em casa, ouvindo Dennis Brown - The Promised land (full album), encerro dizendo a cada um de vocês - Estou contigo e não abro!
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