Novos tempos leoninos, com certeza. Novo dia, novo mês, novo ano, novo século, novo milênio. Todos aqueles "novos" de que falávamos ontem, ano passado e retrasado, já eram. Já foram novos e tiveram seus valores. Hoje temos outros novos. Muitos estavam aqui, hoje não mais. Que evoluam em suas caminhadas, pois a vida é essa dança. Todos os que ficam usufruindo muito tempo do "novo", tornam esse "novo" velho, sem perceber. Novos grupos, novas parcerias, novos empregos, novos empreendimentos, novos projetos, novos sonhos. Tudo novo, sim, mas tudo com uma direção de evolução, a direção da irreversibilidade evolutiva de Prigogine. Não falamos do novo só porque é diferente, senão seria hipocrisia e qualquer separação de pessoas, quebras de afeto e até mesmo atos de terrorismo poderiam se encaixar no "novo". Falamos do novo que constrói, edifica, transforma as bases dos padrões antigos, desinstala a cada momento e não tem medo do futuro. Do novo que não fica preso a regras e dogmas, igualmente. Não há certezas neste novo, apenas confiança, muita confiança. Confiança em si mesmo e em Deus, o sentido maior de tudo. E essa não é uma velha visão cartesiana de Deus que o coloca em separado de tudo, como os cultos e missas de finais de semana vividos como parêntesis na vida dura ou oásis no deserto. Fala-se aqui da visão do divino e do sagrado como uma visão quântica e sistêmica, transcendente e integrativa, vivida a cada instante no interior de si mesmo. Assim sendo, exceção feita a todos aqueles que têm medo da era do "fim das certezas" ora em curso, sejam todos os demais bem-vindos aos novos tempos de nossa vida!
(mensagem enviada aos novos membros do grupo GECAF em 14/08/2004)
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