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cronicas-->A existência dourada do sol -- 23/06/2001 - 18:52 (Felipe Cerquize) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pare e pense. Em que você acredita? Pessoas? Espíritos? Bens? Em quê? Não interessa. Fique certo de que, no dia em que você não acreditar em mais nada, mais nada lhe terá sentido. Um filme de Chaplin e um romance de terceira categoria, quando o fizerem sentir dois nós na garganta, deixe-os coexistirem, pois, muitas vezes, é mais importante sentir do que julgar. O homem existirá enquanto acreditar em alguma coisa. Mesmo que a gama de crenças que inventamos durante a vida vá diminuindo com o passar dos nossos anos, sempre haverá meia dúzia de credulices capaz de nos deixar relativamente passivos. O surgimento gradual das descrenças não é culpa de ninguém, pode crer. A culpa é do nosso mecanismo de conscientização, mecanismo este que é acionado durante as várias experiências pelas quais passamos no decorrer de nossas existências. À medida que vamos deixando de acreditar nos sentimentos humanos, vão surgindo tumores malignos, cancros cerebrais, que nos abalam, deixando-nos saturados, até que, subitamente, alguns de nós se jogam da ponte, outros dão tiro na cabeça e outros mais se comportam como autistas para continuarem levando suas vidas. Temos, assim, a autodestruição e a alienação como exemplos de soluções encontradas pelas pessoas que chegaram a um nível crítico de descrenças.

Nunca devemos encarar as coisas de maneira generalizada. Pelo amor de Deus, não pense que este seu bem-humorado amigo é um suicida. A fé é o sentimento mais rico que temos. Não importa se a fé em Deus ou numa galinha que ponha ovos de ouro, mas a crença, de um modo geral. Eu, por exemplo, jogo na loteria toda semana. Ainda não ganhei, mas continuo jogando. E você, meu amigo? Continua acreditando nas coisas que lhe convenciam dez anos atrás? O que você acha que nos resta? Um copo de cerveja no bar da esquina, relembrando o passado? A reativação de nossos sentimentos mais fortes, através de mecanismos artificiais? Sei lá! Talvez este não seja um ponto de vista condizente com o quadro clínico da maioria. Parece-me que a rapaziada tem vivido bem, sem grandes preocupações com o ego, sem o sabor das crises, sem mais nada, além da rotina.

Se o que eu falei não tem nada a ver com a realidade do caro leitor, queira desculpar-me pela minha psicopatia. Caso contrário, pare, pense e procure sua solução, pois, em cada um de nós, sempre haverá de existir um anticorpo capaz de destruir o microorganismo patogênico que tenta se localizar nas entranhas dos nossos neurónios e dos nossos corações.

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