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Poesias-->À Deriva -- 21/12/2001 - 12:58 (Fernanda Guimarães) |
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À Deriva
Há uma porta que eu poderia abrir
Talvez assim meus passos levassem
O silêncio que tanto me revela
E eu me despiria dos excessos
Dos gestos que ardem as mãos
Cansa-me esta leitura hipotética
Que insistem em fazer de mim
Como se essa suposta serenidade
Fosse prêmio e não tortura
Desconhecem em mim, os clamores
O açoite da renitente procura
O peso da invisível mordaça
O fugir dos olhares a caminho algum...
© Nandinha Guimarães
Em 21.12.01
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