Dizem que, quando a morte se aproxima, um dos rituais budistas é fixar a consciência numa outra forma de ser. Os mais perfeitos nunca mais voltam porque conseguem emanar sua essência para longe deste planeta de expiação. Na verdade, alguns monges budistas até sorriem ao saber que a morte os libertará deste invólucro de carne, ossos e tormentos.
Já em meu caso, como sou imperfeito e pagarei ainda em muitas vidas o que fiz nesta, usarei a tática da concentração para nascer...
...Aonde??? Na América? Estaremos dominados por fascistas brancos, exterminadores de mexicanos e cucarachos. Não.
Na Latrínia? O Çu do mundo estará dominado por narcotraficantes e exploradores de imposto alheio. Latrínia não!!!!
...Zooropa? Vai ser um caos. Alemania forte, Grécia pobre, Italiània cheia de gente pedindo esmolas nas ruas, Portugalespanha unidos na chatice, Suécia, Suícia e Suócia cheia de deprimidos e entediados...
...Ásia! Está louco, meu? Chineses fazendo escravos, coreanos gritando : "Morte à América! Trabalhem!!!", japoneses em mesuras eternas e chás brochantes.
...África. Nem fodendo. Pragas mil, picadas de mil pernilongos ao Sul, desertos no meio e guerras muçulmanas no Norte. Estou fora.
Já sei: Quero retornar na Oceania, uma ilhota isolada, como um pequeno mamífero que vive nas árvores e come coquinhos de uma samambaia exótica, sob chuva torrencial.
Achei!!!!
Serei então, quem sabe, tema do "Globo Restarter", com um bem envelhecido Chapelain dizendo pausadamente:
"Conheçam o Mussumzinho da Oceania, que vive nas árvores e come coquinhos a cada seis semanas: Onde vivem? Como se reproduzem? Quanto tempo vivem? Esta e outras perguntas serão respondidas sexta-feira. Não percam!!!"
