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Artigos-->UNIÃO EXPLOSIVA -- 07/11/2003 - 21:02 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




UNIÃO EXPLOSIVA

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Não tem jeito. Por mais que me esforce para tentar encontrar e tecer elogios a um aspecto positivo das ações deste governo, lamentavelmente, cada vez mais me decepciono e fico convencido, para utilizar expressão preferida pelo próprio presidente, de que estamos diante de uma união explosiva: a arrogância de braços dados com a incompetência.



Inacreditável. Diante da suspeita de que benefícios previdenciários, como aposentadoria e pensões, estariam sendo desviados por fraudadores, o INSS resolveu, simplesmente, bloquear todos os pagamentos aos idosos com idade superior a noventa anos.



Sem qualquer divulgação prévia e/ou orientações transparentes ao público interessado. Resultado: longas filas se formaram diante dos postos do INSS. Atendimento tumultuado, regado a humilhação e ao sofrimento dos idosos, que foram obrigados a comparecer aos postos, a fim de provar que estavam vivos. A mídia mostrou lances deste espetáculo deprimente, de falta de competência e respeito para com os idosos.



Pessoas doentes, com dificuldades de locomoção, mostrados nas telas da mídia, comprovam, no meu entender, que houve, por parte do INSS – autarquia vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social – flagrante descumprimento ao que estabelece o recente Estatuto do Idoso.



O Ministro da Previdência, no mínimo, deveria ser demitido. Desculpas, à esta altura, nã adianta nada; o mal está feito. A rigor, caberia ao INSS, que levantou as suspeitas, provar sua pertinência e punir os culpados.



Não se justifica a tática adotada. A autarquia poderia, por exemplo, levantar, juntos aos respectivos cartórios, todos os óbitos registrados nos últimos, digamos, cinco anos, de pessoas nas faixas etárias desejadas, e, num primeiro momento, cotejar as listagens com os registgros dos segurados do INSS.



Ou então, por amostragem, estabelecer um plano de visitas periódicas, e de surpresa, a fim de encontrar eventuais irregularidades. Ou, ainda, efetuar um recadastramento rigoroso, para, a partir do qual, tomar as medidas cabíveis.



Em última instância, convocar os parentes ou procuradores dos segurados e beneficiários, a fim de ratificar a lisura de cada benefício.



No Rio de Janeiro, os jornais nos dão conta de que foram bloqueadas 22.380 pensões e aposentadorias, o que representa cerca de 21% do total desses benefícios, que são pagos em todo o país.



Recentemente, o improviso do Lula fez mais um estrago: em discurso proferido na cidade de Windhoek, capital da Namíbia, ao tentar elogiar a cidade, nosso presidente disse que a capital “era tão limpa, que nem parecia ser uma cidade da África”.



Na verdade, a arrogância e a incompetência, na maioria dos casos, alida a falta de experiência e conhecimento, têm sido a marca deste governo que, até agora, não acertou o pé; nas poucas vezes que tem chutado a gol, a bola ou passa por cima do travessão, ou é desviada para a lateral.



Ninguém se entende dentro e fora de campo. Enquanto o acordo junto ao FMI, em terras brasileiras, era anunciado como questão fechada, o presidente, em terras estrangeiras, dizia que antes dezembro nada seria decidido.



Na verdade, nada tem dado certo neste governo. Que se diz bom negociador; mas consegue desagradar gregos e troianos. Até o vice-presidente da República já se tornou figura de destaque, na arte de contrariar ou desdizer das ações confusas deste governo.



Se governar fosse, apenas, viajar, ler discursos e desconversar com metáforas, estaríamos bem servidos. Mas, infelizmente, não é assim.



Nada neste governo dá certo. Do Fome Zero, passando pelo Primeiro Emprego, retornando pela liberação tumultuada dos transgênicos; pelas reformas Tributária e Previdenciária, que nada reformam, e só desagradam; pelo de lei de Biossegurança; pelo aumento da alíquota do Confins; pela falta de investimentos em saneamento básico, prometido e descumprido; pelas cadeias de segurança máxima, não construídas, mas prometidas; sem falar das questões menores de nepotismo, viagens e diárias de conteúdo duvidoso e muita propaganda enganosa; e por aí afora.



Tudo isto, é bom lembrar, com trinta e seis ministérios; um elefante branco para ninguém botar defeito. Até quando teremos que suportar tanto desperdício de tempo e de dinheiro?



07 de novembro de 2003











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