Usina de Letras
Usina de Letras
236 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Discursos-->Discurso vazio -- 29/07/2004 - 12:01 (Lara Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Olho pela janela e enfim reconheço meu habitat. Um pedaço de céu claro, o frio congelando as mãos que, nervosas, surram o teclado como se ele pudesse falar pela alma.
O sol, ainda fraco, dá um sorriso maroto, irradiando um calor que não acende meu coração.
As letras ficam enrustidas, como se amarfanhadas dentro do meu entendimento.
É um novo dia, nova manhã do resto de minha vida.
Deveria ter flores, musica aos quatro cantos, pássaros sobrevoando o beiral em busca de um sorriso. Mas o que acontece é a resposta fria de um vento cortante, que grita uma ausência.
Os pássaros voam longe, com asas plumadas recobrindo corpos franzinos e frágeis. E eu, sem poder voar, plano os sonhos, despojados de asas, que se contorcem pelo ar em busca de abrigo e acolhida, para que consigam ir além, sem despedaçar-se nos vãos da vida. E vão, alheios, quase vãos.
Sonhos perfeitos que morrem desfeitos.
E a manhã fria, recoberta pelo sol preguiçoso, estende-se em um dia vazio, coberto de saudade.
Na verdade o frio lá de fora, invade a alma e, mais que o vento, devasta minhas certezas.

Lara Cardoso





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui