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Contos-->O triste fim de Sherlock -- 22/10/2001 - 23:11 (Cláudia Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os olhos amendoados de Thalita saltaram sobre a caixa onde Sherlock estava. Como estava alegre a pequenina! Ela já tinha ouvido várias vezes o seu pai falar na compra do réptil, de como ele era caro e difícil de ser encontrado.

Sherlock era uma igüana ainda filhote e media cerca de 15 cm, mas para a menina que tinha apenas dois anos, ele mais parecia um dinossauro do que um lagarto.

Colocaram o bichinho em um grande aquário. A pedra cinza e redonda era o lugar preferido do réptil. Ele passava horas imóvel. O cartaz de uma paisagem colada no vidro ao fundo dava a impressão de que ele ainda estava em seu habitat natural.

Thalita observava Sherlock por longos minutos. Às vezes batia no vidro para vê-lo se movimentar, pois ele passava a maior parte do tempo estático. Ela se perguntava o porquê do animal ficar tanto tempo assim, com o pescoço esticado e com o olhar perdido. Na sua cabecinha pensava ser por saudade dos seus pais igüanas e do seu lar.

Em pouco tempo aquele animal passou a ser seu bichinho de estimação. Passeava com ele às vezes sobre o seu ombro ou na coleira, e todos admiravam a coragem da menina, que tratava o bicho como um cachorrinho.

Sherlock exigia certos cuidados de higiene e alimentação. Em pouco tempo havia crescido e adquirido uma bela e saudável aparência.

Em um certo dia, como de costume, foi levado ao terraço para o seu banho de sol matutino. Era um dia agitado, todos estavam ocupados com os preparativos para as festas de fim de ano. Era um dia quente de verão, daqueles dias longos, os quais as crianças mais apreciam. Thalita acompanhou o seu pai que colocou a caixa de vidro perto da piscina. Com um largo sorriso se despediu de Sherlock dizendo que voltaria em poucos minutos.

No final da tarde, ao chegar com seus pais das compras, Thalita correu para a sala de televisão e olhou para a estante onde Sherlock ficava. Ele não estava lá. Desceu as escadas com pressa e perguntou à sua mãe onde estava o réptil. Percebeu uma expressão de surpresa se formando no rosto do seu pai que disparou pela escada até o terceiro andar da casa. Thalita correu assustada, acompanhada pela sua mãe até o terraço. Lá estava Sherlock no mesmo lugar onde fora deixado de manhã. Nunca Thalita tinha visto o lagarto naquela posição estranha, com suas quatro pernas viradas para cima. Na verdade Sherlock estava duro e seco, mortinho da silva.

– Ele está dormindo mamãe? Perguntou inocentemente.

Sua mãe a tomou pelas mãos e agachada disse à menina: - Sherlock está dormindo, minha filha, mas não vai mais acordar. Ele se foi para o céus das Igüanas.


Cláudia Azevedo ©
Outubro de 2001

http://communities.msn.com.br/claudinhahomepage



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