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Cartas-->ESMOLA ELETRONICA -- 10/11/2005 - 06:13 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESMOLA ELETRONICA

A minha cidade tem aproximadamente 400.000 habitantes, hoje vi uma cena que talvez em centros maiores já seja corriqueira, não fiquei chocado porque a vida inteira milito entre os pobres e quase nada mais me espanta.
Mas, pelo meu instinto crítico, não poderia ficar sem registrar o que para mim é inusitado.
Parado em um ponto de ônibus, onde muitas pessoas aflitas e cansadas esperavam com uma vontade danada de voltar para casa...
Um carro de som fazendo propaganda.
E daí?
Isto é comum em qualquer lugar.
Ele não anunciava nenhum produto.
Mostrava a situação da saúde no país, que tem dois aspectos distintos, nas pequenas cidades é ruim porque não tem arrecadação e os profissionais não querem morar no interior, nas grandes cidades, porque as obras são prioridades e é preciso impressionar o eleitor sempre mal informado ou mal intencionado.
O porta malas aberto exibia uma cadeira de rodas.
Sentado no banco do passageiro um pobre coitado segurando um prato, com uma máscara cirúrgica no rosto, uma fisionomia de quem realmente foi “hóspede” de algum hospital público.
Uma gravação feita em estúdio detalhava a vida do infeliz com a clássica mensagem: “Você pode andar, mas o Joaquim não pode, e assim ia comovendo até o mais ferrenho pão duro”.
Não discuto a enfermidade e a necessidade do Sr. Joaquim, exposto como mercadoria de segunda dentro de um carro o dia inteiro.
Onde estão as autoridades?
Esta cena está sendo esfregada na cara daqueles que pagam impostos.
Diz a constituição: Todo cidadão tem direito à saúde.
“A saúde é um buraco sem fundo, tudo que coloca é pouco”, isto é dito todos os dias em algum lugar, porque esta é a máxima dos que administram ou puxam o saco do político que não consegue enxergar a dor dos excluídos.
Em contra partida, para receber o presidente do mundo, o governo pagou a bagatela de aproximadamente R$ 160.000,000 no aluguel de um hotel cinco estrelas com quatrocentos apartamentos onde a menor diária, segundo a imprensa, é de R$ 400,00.
Onde está a justiça que finge não ver e escutar uma cena como esta?
Este cidadão deveria ser encaminhado para uma assistência social de verdade para resolver seu problema, ou o colocar na cadeia se for mais uma golpe.
Se a moda pega e todos os injustiçados resolverem sair com um carro de som, as ruas ficarão estreitas e o barulho insuportável.
Deixo o comentário para vocês.

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