Olho a luz que adentra à sala, e vejo cintilar seus cachos de mel. Doce... doce sonho meu, que de pouco tens de realidade.
Vejo o sol na mesma intensidade com que seu reflexo chega aos meus sentidos.
Com a mesma certeza de propósito em que vivo.
Na mesma volúpia de quem amam, e amando se faz existir, e amando se tem esperança, e se faz ser vivente, e se faz feliz...
São muitas as pedras falsas, mas a maior entre todas, faz-se presente em minha frente.
Ah! Natureza inumana que toma conta de meu ser!!! Não ostenta em simplesmente endeusar?
Quem me dera apenas o contentamento momentâneo desse singular instante, entre a janela e o encantado movimento dos fios de ouro...
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