Desnudado sem a fantasia ideal, brinca o bobo acreditando ser a festa pra ele. À margem dos blocos, desfila o olhar perdido pelas esquinas repletas de gente que marcham na dor coletiva de um feliz carnaval.
Na rotina, revela a perplexidade em perceber que somente o carnaval consegue dar a gente humilde, uma esperança para que possa esquecer a marginalização e o estigma de uma vida nada fácil de confetes e serpentinas que enfeitam dores humilhantes colocando-a à prova sua firme crença no incerto de um amanhã tão sonhado que só ganha vida no carnaval.