TU E EU
Sentados na relva, lindo campo verde,
as folhas das árvores a balançar,
o murmúrio das águas do rio a serpentear,
a sinfonia dos pássaros a cantar,
as flores campestres a sua beleza a desabrochar,
o silêncio da noite, o reflexo do luar,
nos inebriando, sentindo levitar, sorvendo a beleza,
sentindo-nos integrados à natureza,
entrelaçamos nossos corpos,
nos amando,
nos sentindo,
nos entregando.
Uma força energizante brotou sem pejo,
consumindo nossas almas em chamas,
fazendo nascer dos corpos o desejo,
de fazer da relva, cama,
de misturar o perfume das flores
com o cheiro dos corpos em ardores.
Nós, naquele momento,
Não precisávamos de mais nada,
Éramos TU e EU,
Sem TU nem EU,
Éramos o nada infinito,
o êxtase bendito,
o humano encontrando o divino.
GCunha
16/12/2001
Poesia inspirada em Rumi, grande poeta sufista.
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