Errante,
Exilado em minha terra alheia
Encontrei o amor que proíbido de nascer, no meu peito se fez.
Tomou conta dos meus sentidos e quando me tornei homem, a felicidade já vicejava, tanto que esqueci o probido e te amei...
O tempo profano passou e pelos cantos urbanos a realidade dispertou e consigo me levou.
O sonho e a esperança revolveram-me do chão duro e frio. Uma saudade enraizou, amei a mulher que me enganou, sangrou profundo o meu peito.
Na cidade, de repente me vi perdido, sozinho e com o coração dilascerado.
A água que buscava pra matar a sede estava envenenada e aos poucos me feriu, tanto, que me matou.Deixando ao futuro, como legado só a dor, a cor dos olhos vermelhos, amanhecidos de um castigo que não foi criado, mas fruto de um pecado aceito como se fosse amor.
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