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cronicas-->Ilegível -- 09/02/2017 - 17:47 (flavio gimenez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta encontrada em apartamento abandonado, perto do Lago Seco De Ponta Negra, ao sul do Deserto Salino das Dunas de Alumínio.
"Estimados colegas, familiares, amigos, amantes e assemelhados: Venho, por meio desta, discutir a possibilidade nada remota de extinção de nossa espécie.
Colocando em termos práticos, sendo que eu mesmo nasci à beira do Lago, hoje seco, e em uma vida de quarenta anos vi a Lagoa se tornar um banco de areia cheio de peixes esqueléticos e aves enegrecidas pela fuligem das fábricas e poeiras químicas, tenho que compartilhar esta verdade.
Nada justifica essa busca desenfreada pelo consumo enlouquecido. Nada justifica perdermos nossos melhores valores em nome de um Ter maior que o Ser. O que ensinamos a nossos filhos? Que a Ciência nos levou a isso? Complexo de Frankesntein, eu digo e repito. A Ciência é maravilhosa; o problema está nas almas entorpecidas que fazem dela o paradigma de nossa civilização e a tornam o novo Deus, em nome da materialidade absoluta. Tudo se racionaliza, então. O erro fundamental é a base de nossa situação atual: Sem freios, desencadeamos esta catástrofe, essa ignomínia, essa hecatombe. O Lago tornou-se a Lagoa Seca e a Ponta, Ponta Negra..
Não sabemos até onde podemos ser ingratos para com o Planeta que nos gerou e apesar de todo o milagre de nossa existência, não voltamos mais os olhos ao céu porque lá não mais enxergamos as estrelas, somente a placa de poeira que nos destrói os pulmões. Nenhum dos países produtores cedeu aos apelos dos ambientalistas: Fomos palavra vencida, fomos o passado.
Agora, não há nem presente, quanto mais o futuro.
Por meio desta, venho a comunicar meu breve desaparecimento. Não que vá fazer falta, veja bem, não que eu farei a diferença. O que é a voz de um homem afinal, solitário em seu grito contra a marcha cósmica do medo?
Não se preocupem, irmãos: Logo me farão companhia. Será mais rápido do que pensam. Não adianta fugir. Nada deterá a marcha inexorável do progresso e nem o andar do cavalo do apocalipse. De modo que aqui me despeço, recomendando a todos uma breve estadia no Purgatório antes de penetrar no Paraíso..."
"(Ilegível)...Agora sinto o entorpecimento. O frio...(ilegível). Os lagos me absorverão ao final e partes de mim serão o tudo que resta....(ilegível)"
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