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Cronicas-->2017 - De volta -- 05/02/2017 - 12:06 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


2.017 – De volta

“Sempre embaixo de um sol de rachar...”. Frase da minha crônica passada, onde acabei falando de chuvas e poderia continuar agora também, pois elas continuam fustigando, tanto que fui ao quintal há pouco e desisti de limpá-lo pela umidade exagerada e calor então nem se fala. Sabem uma sauna, era o mesmo e não aguentei nem quinze minutos, voltei derretendo e por isso que o mato está tomando conta. Umidade e calor.

Tenho que chamar a cavalaria para me ajudar e farei isso, talvez, sábado que vem por um precinho nada camarada, mas fazer o quê, se sozinho não dou conta. Saudade de anos atrás quando eu limpava, plantava e tomava umas daquelas Schin Munich caramelizadas, isso tudo em meio dia de sábado, ou qualquer outro dia disponível. Era um descarrego total.

Pela minha herança genética, sofro demais com o calor e não há o que se faça a não ser transpirar, ou correr para uma sala com ar-condicionado, ou hiperventilada. Sempre prometendo colocar “ar” aqui em casa, ao menos no quarto, mas sempre esquecendo ao primeiro sinal de inverno, quando só penso em moletons, pois além de calorento também sou friorento e não dispenso um bom cobertor.

Sofrendo com o calor e trabalhando em Piracicaba, quente de rachar mamona se lá existisse, só aquele mar de cana a provocar nenhuma sombrinha, nenhuma brisa, a provocar um caldeirão do capeta, quando o sol a pino resolve dar as caras. Tente entrar no seu carro com quarenta e dois graus Celsius, tente dormir sem uma ventilaçãozinha e eu prometendo colocar um “arzinho” no apartamento, como sempre até o primeiro sinal de inverno. Nesses quase vinte anos de Piracicaba foi raro usar um casaquinho. Casacão, então, nem pensar.

Interrompendo para atender Dona Cida, com notícias de São Miguel e do final de semana, calor e chuva derramada, com ela sempre fala. Não me lembro de um calorão sofrido nessa minha cidade do coração, pois a temperatura sempre baixa na boca da noite, diferentemente de Piracicaba, onde você pode enfrentar trinta graus pelas dez da noite, fazendo andar de carro só para sentir o ar-condicionado, ou morrer de inveja de quem tem uma piscina, até daquelas de criança e qualquer cem litros d’água.

Até os meus dezesseis anos a salvação do calorão sempre foram os poções do Ribeirão, o do Seu Azarias, ou do Adriano; aquela rempa de garotos mergulhando e nadando ao sol, sem problema nenhum com falta de vitamina D e com a abertura de um canal, saindo da ponte do Seu Natálio, ficou melhor ainda enfrentar a insolação toda, exceto quando o Seu Azarias resolvia dar uma corrida em todos com seu alazão e um chicote não certeiro, mas de meter medo e não me lembro de ninguém que tenha levado uma chicotada. Acho que ele fazia isso era só por divertimento próprio, pois todo mundo continuava nadando.

Calor para mim é de uma sofrência só, mas olhe o que diz no Wikipédia – “Calor é o termo associado à transferência de energia térmica de um sistema a outro - ou entre partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da diferença de temperaturas entre eles. Designa também a quantidade de energia térmica transferida em tal processo.”. Aqui a Edna vai chiar, quando ler, por eu colocar sempre uma definição, mas acrescento que você pode estudar calor pela Física, pela Química e pela Biologia. Já eu prefiro estudar pelo sofrimento que me provoca, a não ser quando estou andando pela Orla Bardot, lá em Búzios. Sem metidice nenhuma, mas lá não sinto calor nenhum.

Na minha Lua de Mel em Iguape, sentimos tanto calor que o certo seria Sol de Mel, deixamos o local pela metade do tempo; trinta e nove anos passaram e ainda tenho metade da Lua para completar, só que agora a Edna quer ir onde tem neve, para sentir um verdadeiro Frio de Mel e neste domingo, cinco de dois de dezessete, não sei se a minha friorência toda vai deixar acontecer, fora o estranho entendimento meu com os aviões, cujos quero sempre uma distância boa, como quero do calorão e do friorão...


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