MÉTROPOLITAIN O METRÔ DE PARIS
Em Paris, pode-se ir a qualquer lugar de metrô. Sempre há uma estação perto de onde nos encontramos, seja no centro ou nos bairros mais longínquos. É rápido e utilizado por todos: pobres, ricos, estrangeiros ou turistas. Por todo lado há “bouches” (entradas) para as estações. Às vezes com um arco indicando “Métropolitain”, à moda antiga, ou apenas por uma escada na calçada, marcada com “M”. Lá dentro, é preciso saber que direção devemos tomar, isto é, o nome da linha em que se encontra a estação onde vamos descer. Para descobrir, há enormes mapas na parede. Se apertarmos o botão daquela estação, o trajeto se iluminará no painel. Não há como errar.
Antigamente havia um funcionário que picotava os bilhetes, de segunda ou de primeira classe. Isso mesmo, até os anos setenta, quem quisesse pagar mais caro, podia viajar sossegado no vagão privilegiado. Por esta época, também, começaram a implantar o bilhete magnetizado. No período intermediário entre os sistemas, porém, foram eliminados os funcionários. Cada usuário devia passar o seu bilhete na máquina que fazia troc-troc. Nem preciso dizer que tanto franceses como estudantes estrangeiros furavam o mesmo bilhete várias vezes, tentando driblar e economizar. Mas...lá embaixo, na plataforma, três vigilantes “contrôleurs”- sempre dois homens e uma mulher devidamente uniformizados – circulavam pra lá e pra cá. De repente, pediam a alguém que mostrasse seu bilhete do dia. Se não o tivesse em ordem, a multa era cara e não tinha perdão!
O metrô de Paris data de 1900. A primeira linha fazia o mesmo trajeto dos antigos viajantes, que cortava a cidade de leste a oeste. Ia do Arco do Triunfo (Praça da Étoile - Charles de Gaulle) até a Porta de Vincennes. Depois se estendeu por toda a cidade e para a periferia. Hoje há trens chamados RER (Réseau Express Régional - de subúrbio) que vão do centro até as cidades da “grande Paris”, que eles chamam de “banlieue” parisiense. Antes eles saíam dos pontos finais do metrô, onde os passageiros tinham que fazer a baldeação (correspondance), agora desnecessária.
Sempre renovado, o metrô é moderníssimo, embora algumas estações ainda guardem, nostalgicamente, certas características antigas.
Beatriz Cruz
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