Usina de Letras
Usina de Letras
20 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62290 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10389)

Erótico (13574)

Frases (50677)

Humor (20040)

Infantil (5460)

Infanto Juvenil (4781)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140823)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6211)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->LIVRO E LITERATURA -- 04/08/2001 - 22:06 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Que o escritor não consegue editora para publicar seu livro, não é novidade. E se ele consegue, a duras penas, custear a edição de sua obra, falta uma distribuição eficiente e o livro é relegado ao regionalismo. As livrarias nem mesmo aceitam os livros em consignação, alegando problemas com a fiscalização, contabilidade, etc, pela falta de nota fiscal. Resta a nós, escritores, pegarmos nosso livro, colocá-lo debaixo do braço e ir até o possível leitor.

E, além da falta de distribuição, existe outro fator que emperra a divulgação e conhecimento do escritor novo: existe uma portaria que regula o estudo do autor brasileiro regional nas aulas de Literatura que não está sendo cumprida. Os escritores estudados são sempre os mesmos, os consagrados, clássicos.

Não que os nossos grandes escritores não devam ser conhecidos pelos leitores em formação, mas há uma portaria que dá espaço também ao autor local, até porque sua obra talvez se identifique muito mais com os alunos, uma vez que espaço, tempo, personagens e temas estarão, possivelmente, muito mais próximo deles.

A observância dessa portaria já foi reivindicada em sucessivos congressos e encontros nacionais de escritores, reafirmando-se a necessidade de se estudar os autores locais em suas respectivas regiões.

E há que se insistir nisso, para acabar com a mentalidade livresca que existe em algumas de nossas escolas - e em conseqüência, fora delas - porque o autor local ou regional não é só aquele que tem livro publicado. Existem aqueles que, pela dificuldade de reunir sua obra em livro, faz folhetos, sanfonas, cartões e os distribui em feiras, escolas ou praças e publica nos espaços alternativos.

Não se está levando em conta a literatura veiculada através de outros meios que não o livro. E justamente essa literatura fora do suporte tradicional - os folhetos, os cordéis, os jornais, pequenas revistas artesanais e internet - é que surpreendem, muitas vezes, e revelam bons escritores, pela sua autenticidade e pela desvinculação com a cultura oficial. É uma literatura espontânea, que vê o homem e o mundo como ele realmente é, na sua realidade mais absoluta. O autor está perto do leitor, escrevendo sobre uma realidade comum aos dois. E mais: são essas publicações alternativas as responsáveis pela renovação da nossa literatura.

Espera-se que as obras constem dos livros, para serem estudadas, tirando a oportunidade do aluno/leitor de participar da evolução literária que pode estar surgindo a sua volta.

Em SC, algumas escolas vêm apresentando autores locais aos seus alunos, talvez até sem saber da existência da portaria. Sabemos disso porque nós, do Grupo Literário A ILHA, vamos às escolas há anos, fazer palestras, lançamentos de livros, levar o Varal Literário. Que isso continue e se dissemine por todo o estado, pelo país.







Http://planeta.terra.com.br/arte/prosapoesiaecia

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui