Milhões de glóbulos vermelhos a se espraiarem pelo universo.
Soluçar inarmônico da moça bonita.
Cheiro gostoso de feijão cozido.
Mundo, mundo, que triste figura!
Parece até o Quixote da Mancha, que nunca pensou além do que era.
Adeus, Mundo perverso! Adeus!
Vou-me para o além, para o intangível.
Conheço-te pouco, mas o suficiente para saber o que és.
Ó Mundo, adeus!
Submeto-me à triste fatalidade determinada pelo meu livre-arbítrio.
Sonho, Sonho, metafísica transcendente, que perdeste o sentido no ser.
Metafísica, já não existes.
Apenas procuro o que escrever.
Já vivo fatos.
Já tenho sensações.
Já.
Já.
Jamais farei outra coisa.
Vibrarei apenas,
apenas.
Há penas,
e penas,
e penas,
apenas.
15.07.58.
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