Bastava dizer sim
e nada mais impediria
nosso momento.
Bastava aquiescer
e jamais esquecer
aquele dia.
Bastava dizer sim,
teus olhos a aguarem-me
os sonhos e os cios,
teus lábios macios
tocando como pétalas
os meus sedentos de beijos.
A língua ávida,
as mãos em impaciente espera,
experiente demora.
O arrepio, o calor,
o latejar de amor,
o desespero da paixão.
Boca, perna, mão,
tudo um só vulcão
a expelir a lava,
magma da fúria dos corpos
em atrito e gozo,
em carinho e repouso,
nas nuvens suaves
dos meus seios,
no céu azul
dos teus olhos.
lílian maial
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