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Artigos-->CRITICA LITERÁRIA -- 30/10/2003 - 03:52 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRÍTICA LITERÁRIA



Amiga,





De fato eu não sei fazer críticas. Comentar sim.. Até porque a crítica que, longe de ser, na sua essência, pejorativa, exige um conhecimento que não se reduz a um comentário.

Não conheço o grupo o suficiente.

Não sei dissecar estilos.

Qualidade, sim, mas aí encontra-se também uma subjetividade que retira a isenção do julgamento, passando a ser uma opinião, calcada em valores e retirados da história de vida de cada um: a isto chamamos representações sociais, que por estarem calcados em valores de um dado tempo e geografia, são filtrados por cada indivíduo, devido aos componentes de sua história de vida: seria como uma ideologia, no seu termo mais amplo, individual.



Não sei se sou exigente ou se tenho certos vícios de formação.

* Pasme , mas não gosto da Florbela Espanca.

* Adoro Mário Sá Carneiro, Rilke, Emily Dinckinson, John Donne, para mim o maior poeta que eu conheço,Yeats, mas não de Walt Withmann, aliás para mim um tédio...Mesmo depois do badalado filme "Sociedade dos Poetas Mortos"



Vê como não dá para fugir à subjetividade? Por isto a necessidade de um grande conhecimento de filosofia, história e literatura para se fazer realmente uma CRÍTICA à arte . Agora, para opiniões e comentários, estamos livres...Graças.



Adoro sonetos, nem por isto abomino um bom Hai Kai...

Acho Guimarães Rosa um poeta e vai por aí afora... Castro Alves me encanta.

Meu gosto é banal... gosto dos poetas brasileiros em geral, mas não consigo ler J. G de Araújo Jorge que para mim foi um excelente deputado.



Sou um tanto estranha, tanto que leio Os Sertões de Euclides da Cunha até hoje , meu livro de cabeceira.Tem parágrafos que são poesia pura, mas não um poema, para mim. E a poesia supera o poema e outras formas. Ela é a substância da criação: o achado, o gol de placa.



Acho que sou uma iniciante, mesmo escrevendo desde muito cedo e tendo publicado alguma coisa.

Não tenho grandes suscetibilidades às críticas até porque me julgo aprendiz . O que me atrai num grupo é o fato de ser pequeno e de qualidade (!?... meus amigos?...rs ) o que provavelmente deve estimular as trocas de afeto e conhecimento entre as pessoas.



A minha interação se dá muito mais quando um poema me atrai e me faz querer caminhar nas emoções do autor, num jogo muito lúdico de criatividade, o que não tira a seriedade do exercício. Até porque as crianças não brincam por prazer apenas , mas por necessidade, tanto que frustam-se dentro das regras que impõem aos seus jogos.



Acho que assim é a criação literária: é como a seriedade do lúdico infantil, quase uma ciência da necessidade da evolução da língua, maior que o simples prazer do desabafo de carências , que é o que mais vejo nas listas de internete.



Gosto de ver gente escrevendo, sempre, o que não quer dizer que eu me atraia sempre pelo escrito, só por sê-lo.

Você me conhece pra lá de ontem..

Por exemplo, eu acho minhas crônicas uma droga e no entanto recebi do Arthur da Távola, sem que tivesse enviado nada para ele seis e-mails sobre as seis crônicas que tenho, elogiando-as, chamando-as de um monte de coisas boas...Fiquei feliz e envaidecida, mas eu não veria o que ele viu.



Dou sim, muita opinião em pvt sobre o que gosto, mas sei mais ressaltar o que suponho refinamento de imagens, pois considero a poesia uma escultora verbal, que aprofundar-me numa crítica.



E quando mando aquela mãozinha de aplausos e lindo!, sempre o faço pelo impacto e é mais como se fosse um abraço amigo, pelo presente da beleza doada .E depois nunca vi grandes análises nos grupos, mas participar, participo e muito, desde que me sinta á vontade e acolhida.



Uma imagem original e bem achada para mim é a glória.Ainda que a descoberta seja de outro.. Sou uma orgulhosa entusiasta do sucesso alheio., pois é ele que me faz crescer no jogo das identificações..

Por outro lado, sou tão descuidada, que não me lembro do que escrevo, até porque já estou com uma média de mil poemas e vivo em apagões do micro, perdendo muita coisa, pagando mico e pegando o trem atrasado.



Um dia desse, elogiei um poema meu, de dez anos atrás, mas que certa pessoa havia guardado. Como havia muita formatação, não vi meu nome embaixo e elogiei-o como se fosse da formatadora , o que ficou muito antipático da minha parte.Ainda bem que tenho amigos como Plinio, Angélica, Nanda e Rosa Pena, , verdadeiros anjos da guarda da minha displicência.

Um dia desses a Nanda me mandou uma crônica sua , de você, juntando ou comparando, não me lembro bem, a uma minha, muito parecidas no conteúdo, mas diferentes no estilo. Cheguei a mandar para você e seu e-mail havia mudado. Gostei de ambas , mas não saberia situá-las em escolas literárias.



Além do mais, digito mal e reescrevo vinte vezes um texto que ainda sai com erro. Não me importa se um sujeito é prolixo como Saramago, ou consiso como meu grande amigo, e falecido amigo Leminski, desde que prime a originalidade e o relevo da imagem, a ponto de gerarem uma vontade no leitor, de querer lavrar a palavra , enriquecendo a língua na sutileza do sub entendido..Veja, a línguagem humana não cresceu quase nada neste século passado , em termo de nos ajudar a nominar e compreender nossas emoções: Para isto, não temos mais que tês mil palavras, enquanto a linguagem comercial cresceu para cerca de 30 para quase 80.000 palavras termos usuais, e siglas emblemáticas , institucionalizadas, estatais, criadas na rua ou no mercado de moedas..



Normalmente, não gosto do que vejo nos grupos: lindoooooooooo e etc, tanto que estou em vias de largar a internet, mas como me viciei como a maioria de todos nós,ainda fico catando algo que me agrade mais.

Mas acho que estamos participando de uma verdadeira revolução psicolingüística na internet.

Conversei sábado com meu ex-marido, grande cronista e apreciador de literatura, e ele é muito ligado as editoras do Paraná.

tendo sido seu últim livro, muito elogiada pela revista "Nicolau" , talvez uma das mais sérias do país em termos de crítica literária. Disse-me ele, que a melhor editora de Curitiba, dizia que, quem está na internet com seu site, ainda que dando os primeiros passos, tem uma chance diferente , nova mesmo de ajudar no enriquecimento da língua e cair bem no " bom " e escasso literário.

O Zé Maria o conhece.E esta opinião é do Jamil Snege, que publicou ou fez a crítica da obra do Aníbal Beça .Infelizmente o Jamil morreu este ano.

Adoraria participar do grupo, mas devo dizer , que devo ter algum retardo não diagnosticado,rsss... pois minha ficha sempre cai atrasada.

Corro para chegar cedo à estação, mas durmo no banco e perco o trem. Se as exigências forem muitas rígidas, não sei se teria o perfil exigido pelo grupo.

Expus-me pra caramba, mas são vocês quem julgarão este meu perfil de catadora de palavras, avoada e lenta ás vezes. Bonito é falar, aprender a nos expressarmos

Acho que não me saí muito bem... mas que bom que voltei a te encontrar.



**PS** Aliás , estou tão isolada neste de fim de mundo, que eu amo, que tenho necessidade de trocar idéias.

Tenho um trabalho sobre o desconhecimento humano das emoções, que fiz com alunos de arquitetura de 17-18 anos no Paraná, Universidade e meninos da Febem de lá. A palavra que foi escolhida para provocar uma reação emotiva foi Futuro... Incrível, como se necessita da linguagem para elaboração das emoções e nem sempre foram os meninos da arquitetura que se saíram melhor, pois a estereotipia de linguagem, também é como não dizer, impedindo o refletir sobre. Aí é que entra a arte, onde o proibido proibir, tem feito verdadeiros milagres na áerea de saúde emocional. Não foi á toa que Freud, foi atrás da literatura e mitologia grega para entender o homem, e sua inserção no mundo, pois deuses , semi-deuses e entidades, representam dentre os muitos fenômenos que não conhecemos, as emoções humanas.

.Estou trabalhando prostiuição infantil em oficinas de arte, onde a poesia não perde para a dança e artes cênicas



http://www.elanetomich.com.br

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