é das mãos que nasce a arte
de moldar a matéria
e fazer o poema vivo
inspirado
na própria divindade humana
é das mãos que flores secas
ganham o sopro da cor
e movimento
- festa dos olhos
- vida pulsante na retina
vidro e pano, barro e cera,
tronco, madeira,
tudo recupera a essência
que move a terra, as almas
tudo divino
ai, as mãos,
minhas mãos, tuas mãos
são ferramentas do bem,
são mãos que fazem o mundo
e se essas mãos fazem
além de simples ornamento
- fazem a Beleza que encanta
também são mãos que embalam, alimentam,
- são mãos que afagam, alegram a vida,
- ganham o pão
- e trazem em si um doce sofrimento
é que de tanto fazer,
de tanto dar a sua essência,
viram mãos do mundo, mãos de todos,
mãos da Beleza, mãos de Deus,
mãos que nunca mais
a nós pertencem
Tânia, a que faz velas, em homenagem aos amigos da Associação dos Artesãos do Núcleo Bandeirante
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