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Cartas-->Resposta de Domingos para Rodrigo Contrera -- 30/01/2002 - 18:24 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prezado Rodrigo Contrera


Se permite, passo a responder sua missiva carregada de ódios, de análises precipitadas, de expressões caluniosas, recheadas, aqui, acolá, com toques de arrogância, vaidade, medos e tantas injustiças que, exatamente por isso, levou-me a respondê-la, sem intenção de desagravo, pois não acho que seja o caso. Trago a consciência tranqüila e a esperança de que tudo seja esclarecido. Doa a quem doer, parafraseando o âncora Boris Casoy.

UM. Inicialmente, devo dizer que esta carta, pelo seu conteúdo, não me parece ter sido escrita pelo Rodrigo que imaginei conhecer. Se me permite a liberdade, mais parece ter sido obra de um clone mal feito do original. Em todo o caso, vale o que está escrito. Assim, devo dizer, logo de começo, que graças ao meu esforço pessoal e de meus familiares, depois de Deus, não preciso, até a data de hoje, do Usina de Letras para exibir-me, para fazer carreira política, para ganhar dinheiro e até mesmo para expor meus escritos, ainda que em linguagem “empolada”, segundo sua opinião.

DOIS. Para mim, o site é apenas , e não menos importante por isso, mais um espaço onde a gente pode olhar mais adiante, trocar idéias, angariar novas amizades, praticar o bem e ajudar, sempre que possível, e, sobretudo, aprender cada vez mais, com a experiência alheia, e ensinar, tam bem, com a nossa própria.

TRÊS. Preocupa-me a afirmação de que “de sua parte” você está satisfeito com o formato do Usina de Letras. Tal afirmação, salvo melhor juízo, remete à questão do egocentrismo, e
deveria ser melhor reavaliada. Significa dizer, pergunto eu, que se está bom para o Rodrigo, estaria para todos os demais companheiros? Acho que não.

QUATRO. A sua opinião de que mudanças só ocorrem com “mais gente legal”, “produzindo material legal” , desculpe-me, é totalmente desprovida de sentido prático, não faz qualquer sentido. A propósito, você se considera uma pessoa legal? Em caso positivo, bem que poderia ter colaborado com a nossa proposta. Todos sairíamos ganhando. Neste particular, e você não póde negar, insistimos muito para que todos prestassem sua colaboração, pois foi amplamente enfatizado de que se tratava de um trabalho coletivo, sem autoria própria, conforme está registrado em todas as minhas intervenções a respeito. A menos que você não seja esta pessoal “legal”, incapaz, portanto, de produzir “material legal”. Isto sem falar na possibilidade real de você estar desmerecendo uma série de companheiros competentes que muito ajudaram na realização deste trabalho de grupo.

CINCO. Se você utilizou a expressão “intromissão”, a mim dirigida, no sentido de ousadia, esforço, coragem, você acertou em cheio. Mas se foi no sentido de atrevimento, não posso concordar.

SEIS. Quanto ao direito de propor mudanças. Primeiro, só somos obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de lei específica. No caso, inexiste norma de teor proibitivo. Depois, como é sabido, nossa Constituição garante a liberdade de expressão. Além do mais, e a bem da verdade, recebi e-mail do Sr. Valdomiro Guimarães, criador e mantenedor do site do Usina de Letras, que aprovou a iniciativa. Depois, o apoio e a colaboração de vários companheiros, que atenderam ao nosso convite, amplamente divulgado, neste sentido. E, finalmente, o silêncio por parte de alguns colegas, que por motivos diversos, não quiseram ou não puderam encaminhar sugestões, conforme o seu caso, que nós entendemos como aquiescência presumida, já que não fizeram uso do direito de interpelar, criticar, sugerir e discordar, que lhes foram amplamente delegados. Daí porque, na reta final, a sua atitude contrária surpreende a todos. Será que o trabalho não ficou tão ruim assim? É falsa, portanto, a alegação de que as mudanças propostas são, apenas, de minha autoria. Não são, Sr. Ricardo. E você sabe disso. Há tempos que, pessoalmente, tive a oportunidade de lhe comunicar que iria elaborar este trabalho, lembra-se?

SETE. As minhas críticas, segundo suas palavras, são primárias, meu linguajar antiquado e empolado, sugestões miseráveis (?), mas, na falta de outro tipo de linguajar e de sugestões “milionárias (?)“, estão ajudando a trazer melhorias para o site. Mais uma vez o Sr. Ricardo insiste, ainda que indiretamente, em destratar as pessoas que acompanham, com interesse, meus humildes escritos. Parece que este linguajar está na moda, tanto assim que recomendo sua leitura em várias publicações de tantos outros sites e tablóides espalhados por este país, inclusive em alguns famosos jornais de grande circulação. Desculpe-me a falsa modéstia, mas chega uma hora que não dá!

OITO. Você tem razão quando afirma que não falo por ninguém. Realmente, é verdade. Aliás, tudo indica, quem mais se acha no direito de falar pelos outros é você próprio. Seria de perguntar: Quem lhe deu tamanha autorização?

NOVE. Não pretendo ser o gerente de todos. Tenho mais o que fazer. Minha época de gerenciar já passou. Hoje presto pequenas consultorias. ?Aqui, segundo você mesmo, o salário é nenhum. Mas vale lembrar, estamos também tratando disto. Encontrando uma forma de premiar ou de remunerar os trabalhos aqui divulgados, apesar de você não concordar em fazer mudanças.

DEZ. Em determinado momento de sua malfadada correspondência, você confessa “ter estudado muito a dita cuja”, vale dizer, a nossa proposta, chegando mesmo a “enamorar-se” dela. Pena que o namoro não resultou em casamento, pois, com isso, perdemos um ótimo colaborador. Seria, provavelmente, o pai da criança. É sempre assim, o ciúme excessivo, a desconfiança e a vaidade têm sido a causa de muitos amores que se acabam antes mesmo de começar.

ONZE – Sua expressão “aquilo que deveria ser de todos passa – por ato de força – às mãos de apenas um”. Isto é calunioso. Improcedente. Sem comentários. Prefiro entender como ato de força de vontade.

DOZE. Finalmente, meu caro Rodrigo, você confunde liberdade com espontaneidade. E, por conseguinte, não vê a enorme diferença entre espontaneidade e autenticidade. Para você, a liberdade consiste em fazer o que quer, sem imposições, sem regras que o desagrade. A liberdade, por certo, é o poder baseado na razão e na vontade de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, vale dizer, de praticar atos deliberados. Mas ao lado da razão, há um segundo elemento, a finalidade. ÀS vezes pensamos mal e, por isso, escolhemos mal. A liberdade só é humana, e, portanto, autêntica, quando é praticada visando uma finalidade construtiva e boa. Não existe liberdade para o mal. Não seria liberdade. Liberdade para assassinar, por exemplo. Caro Rodrigo, não me queira mal. Mas há certos momento da vida em que precisamos estabelecer nossos próprios limites. E lhe deixo uma pergunta final, para sua reflexão: Você já parou para pensar que eu não sou nada daquilo que você sugere em sua carta? Que não tenho qualquer interesse nesta simples e mera proposta de mudanças de um simples site, que não seja a sua melhoria, de fato, sem pretender, inclusive ser o autor da idéia? Ou será que tudo que você escrevera, não estaria refletindo uma face escondida de seu interior? Abraços. E vamos prá frente. A vida continua. Boa e bela de se viver. Chega de tanta violência.

Domingos Oliveira Medeiros
30 de janeiro de 2002






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